Segundo ON
Comparada a verdadeiras divas como Billie Holiday, um dos maiores fenômenos do jazz vocal, apresenta-se em Porto Alegre, no próximo domingo, Madeleine Peyroux, jovem cantora norte-americana que vem fascinando o mundo por sua graça e talento para a música. Com início de sua turnê pelo Brasil na noite de hoje, 8 de junho, no Teatro Bradesco, em São Paulo, a cantora encerra sua passagem pelo país na capital gaúcha, com grande apresentação no Teatro do Bourbon Country, a partir das 20h. Nesse meio tempo, a artista ainda passa pelo Rio de Janeiro e também por Brasília, apresentando canções do seu último álbum, Bare Bones, além de outras composições de seu repertório.
Peyroux e o esqueleto
Bare Bones, seu terceiro álbum em quatro anos, é ao mesmo tempo uma extensão dos álbuns Careless Love, de 2004, e Half the Perfect World, de 2006, e um corajoso passo em direção a territórios nunca antes explorados. Produzido, assim como os anteriores, por Larry Klein, esse novo trabalho é o mais pessoal de Peyroux, devido ao fato de ela ter participado da composição de todas as 11 faixas do disco, realizando assim um sonho de longa data. Além disso, ela obteve a canção título bem como o tema do álbum do livro do budista Pema Chodron, When Things Fall Apart: Heartfelt Advice for Difficult Times, sugerido por um amigo. "Não podemos apenas retornar aos ossos nus?". Chodron escreve em uma passagem-chave. "Não podemos apenas voltar? Aquele é o começo do começo. Ossos nus, o bom e velho eu. (...) Relaxando com o presente momento, relaxando com a falta de esperança, relaxando com a morte, não tentando resistir ao fato de que as coisas acabam, que as coisas passam, que as coisas não tem uma substância douradora, que tudo está mudando o tempo todo, essa é a mensagem básica".
Segundo a cantora estadunidense, o processo de escrever e gravar suas canções é comparável a "abrir uma sombra na luz solar da manhã, apenas sentir-se bem". No cenário musical desde 1996, quando lançou o álbum Dreamland, interpretado clássicos de Holidey, Bessie Smith e Pasty Cline, a cantora e violonista está hoje entre as grandes estrelas do show business mundial e parece satisfeita com o posto. "Eu estou realmente feliz de ter conseguido escrever e estou extraordinariamente surpreendida por gostar do resultado final. Estou realmente empolgada, porque eu sinto esse disco como um segmento novo e é um grande trabalho. Fui cercada por belos sons, músicos realmente honestos, tocando de forma realmente honesta. Soa como música para mim", declara Peyroux.
Diva do jazz na Capital
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