Proibido (não) tocar nas obras

Exposição no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider convida o visitante a transpor barreiras e interagir com as obras de arte por meio da tecnologia

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Segundo ON

Uma das cenas que mais se repetem dentro de um museu é aquela em que você, inocente espectador, sente uma vontade incontrolável de tocar na obra de arte pendurada na parede a sua frente. Depois de um rápido olhar para os lados para certificar-se que se encontra sozinho, você estende a mão lentamente para apenas uma encostadinha. Nesse exato momento, surge alguém não se sabe de aonde para envergonha-lo para todo sempre, lembrando-o que é terminantemente PROIBIDO TOCAR NAS OBRAS. Quando isso acontecer, não se preocupe: você não é o único.
Mas no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, pode acreditar, o sistema é diferente. Durante a exposição Arte Gaúcha Hoje, o visitante é literalmente convidado a pôr as mãos na obra de arte e alterá-la ao seu gosto.

Presente no local até o dia 27, a mostra com obras de artistas contemporâneos gaúchos tem como grande proposta a criação de um jogo interativo, em que o espectador participa diretamente da concepção da exposição, interagindo com a obra da artista Ruth Schneider por meio do computador.

Inserindo na instalação de azulejos criada pela artista a sua marca por meio de um software, o espectador cria uma nova obra derivada dessa experiência. Depois, a imagem pode ser salva no site do museu ou impressa no momento da realização, para que o visitante a leve consigo.

Arte hoje
Pertencentes ao acervo do museu, as 27 obras são manifestações artísticas da contemporaneidade. Entre elas há desenhos, objetos, livros de artistas, esculturas, colagens, pinturas e arte têxtil. Cada sala oportuniza novas possibilidades de leituras e diálogos com o espectador, em uma montagem que privilegia a interação entre as obras no espaço expositivo deixando as portas abertas para que os visitantes tirem suas próprias conclusões ao empreender livremente diálogos entre as obras dos artistas selecionados.

Além de Ruth Schneider, há obras de Elaine Tedesco, Nico Rocha, Lia Menna Barreto, Carlos Tenius, Romério Marx Félix Bressan, Waldomiro Motta, Lenir de Miranda, Berenice Laks, Carlos Wladimirzky Fernando Baril, Maria Lídia Magliani, Wilson Cavalcante e Rojane Lamego. A iniciativa é da Universidade de Passo Fundo, por meio da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, e da Prefeitura de Passo Fundo.

Para quem ainda não pôde conferir, vale a pena visitar a exposição que provoca o espectador a pensar e a refletir a respeito da arte que lhe é apresentada. O museu está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e nos finais de semana das 14h às 18h. A entrada é gratuita.

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