Segundo ON
Um dos episódios mais famosos da 2ª Guerra Mundial, o diário da adolescente judia Anne Frank acaba de se tornar história em quadrinhos. Lançado em criativa versão pelo Museu Anne Frank, de Amsterdã, o livro visa levar até o público jovem a história da menina que morreu em um campo de concentração nazista durante a guerra e se tornou um dos maiores ícones do período por ter escrito suas memórias antes de morrer. "Nem todo mundo vai ler o diário. Um formato não exclui o outro", explicou a porta-voz Annemarie Bekker, fazendo referência ao diário, considerado o documento relacionado ao Holocausto mais lido do mundo.
A adaptação para os quadrinhos foi feita pelo autor Sid Jacobson em parceria com o artista Ernie Colón, responsáveis também por assinar a versão no formato para os relatórios dos atentados de 11 de setembro. O livro deve ter lançamento oficial ainda este mês nos Estados Unidos e em breve na Inglaterra. Traduções para o alemão, francês e italiano já foram planejadas.
Publicado pela primeira vez no ano de 1947, o Diário de Anne Frank é um relato simbólico da perseguição dos judeus pelos nazistas e foi traduzido desde então para mais de 70 idiomas. Mais de 35 milhões de exemplares foram vendidos ao redor do mundo. Anne e sua irmã Margot morreram em março de 1945, de tifo, aos 15 e 19 anos, respectivamente, no campo de concentração de Bergen-Belsen, poucas semanas antes da libertação pelo exército britânico. Em 1992, o consagrado quadrinista Art Spiegelman ganhou o prêmio Pulitzer por sua graphic novel Maus, com temática semelhante, mas focada na história de seu pai, também sobrevivente de campos de concentração nazistas.