Sobre viver

Causador de profundo mal-estar nos cinemas mundo afora, 127 Horas está em cartaz em Passo Fundo

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Marina de Campos

É sobre viver que fala o novo filme de Danny Boyle, vencedor do Oscar em 2009 por Quem quer ser um milionário?. Apesar de não alcançar o mesmo sucesso daquele ano, seu longa tem dado o que falar no mundo inteiro, após estranhas reações físicas de centenas de espectadores ao assistirem à história real interpretada por James Franco, sobre um alpinista que tem seu braço preso nas rochas durante uma escalação nas montanhas de Utah, Estados Unidos, e é obrigado a passar mais de cinco dias lutando pela própria sobrevivência.

    Como todos já devem ter ouvido falar, o clímax do filme se trata da cena em que o alpinista arranca o próprio braço para se salvar. Causadora de desmaios, vômitos, ataques epiléticos e toda sorte de reações em salas da Austrália e do Canadá, a sequência tem sido alertada por médicos como “não indicada” para algumas pessoas com variação de pressão e distúrbios nervosos. Apesar da polêmica em torno da tal cena de mutilação, o filme se mostra ainda mais chocante quando nos arremessa a pergunta: “o que você faria para salvar a própria vida? Você agüentaria? Até que extremo você chegaria?”.

    Como ressalta a maioria dos críticos, o filme é mais do que uma tensa aventura, mas sim um drama existencial em meio à paisagem árida (e extremamente bela) das montanhas norte-americanas. Para aqueles que nunca vivenciaram uma situação assim para saber o que fariam no lugar do protagonista Aron Ralston, o que resta é repensar a própria vida e como ela é valorizada no dia a dia – justamente aquilo que dá força ao personagem para passar suas 127 horas de tormento.

    Além do drama solitário que guia o filme, o público passeia por suas lembranças em reconfortantes flashbacks, que criam um laço entre o lado de cá e lá da tela e nos fazem torcer por um final feliz – mesmo que inacreditavelmente sofrido.

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