Na Argentina e em boa parte do mundo, Borges é sinônimo de boa literatura. Um velho que perdeu a visão mas não o talento, e passou o fim da vida obrigado a ditar para figuras imaginárias o seu realismo fantástico. Aqui no sul também temos um Borges, tão Luis quanto ele embora grafado com z, e mais Carlos do que Jorge. Devotando seu dom a uma prosa musicada, Luiz Carlos Borges dá outro significado ao famoso sobrenome argentino quando abre sua gaita 50 anos após o começo, como um senhor de vista boa obrigado a continuar subindo ao palco e tocando a sua música enquanto ainda houver quem o aplauda.
Comemorando seu meio século de carreira, Borges vem a Passo Fundo com o espetáculo Quarteto, em que celebra a regionalidade sem fronteiras que produziu em inesquecíveis canções e grandes parcerias. Com carreira iniciada como músico de baile em 1962, em 1979 o compositor ingressava no Movimento Nativista, passando a fazer parte do que hoje se chama de renovação da música gaúcha. Apaixonado pela riqueza da música latino-americana, Luiz Carlos Borges se caracterizou por quebrar divisas musicais e agregar estilos e ritmos, unindo-se a nomes consagrados como Mercedes Sosa, de quem se tornou amigo pessoal.
Com 33 discos gravados, o cantor, compositor e instrumentista participou de espetáculos ao lado de artistas como Dominguinhos, Almir Sater, Sérgio Reis, Mercedes Sosa, Renato Borghetti, Maria Rita, Raul Barboza, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra De Câmera do Teatro São Pedro, Yamandú Costa, Teresa Parodi, Leon Gieco, Rudi y Nini Flores, entre outros. Por aqui ele sobre ao palco do Teatro do Sesc acompanhado de Marco Michelon, Yuri Menezes e Rodrigo Maia.
Assista!
Espetáculo Quarteto, comemorando os 50 anos de carreira de
Luiz Carlos Borges
Quarta-feira,
11 de maio, às 20h, no Teatro do Sesc