Inaugurado o Museu do Imigrante

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Foi inaugurado na última sexta-feira, 20, o Museu do Imigrante de Passo Fundo, com um acervo de mais de 800 peças. Na mesma ocasião também foi feito o lançamento da obra “Entre a Enxada e o Livro”, de Santo Claudino Verzeleti, membro da Academia Passo-fundense de Letras. O Museu do Imigrante fica dentro do Centro Cultural Italiano Anita Garibaldi, que comemorou no sábado 35 anos de existência. Localizado na Casa de Cultura Santo Claudino Verzeleti, rua Independência, 36, em Passo Fundo, foi fundado em 21 de junho de 1976 e declarado de Utilidade Pública pelo Decreto nº 17/92. O Centro Cultural constitui-se dos seguintes acervos e instituições: Capitel Santa Helena, Museu do Imigrante, Confraria da Polenta, Confraria do Talian, e Projeto Pró-Memória de Passo Fundo.

O Capitel Santa Helena e Museu Religioso está instalado no hall de entrada da Casa de Cultura e foi construído em homenagem a todos os descendentes de italianos no Estado. Compreende objetos históricos que expressam a religiosidade do povo de Israel, os quais foram trazidos de diversas localidades, entre elas: Nazaré, Belém, Jerusalém, Monte Carmelo, Monte Tabor, Galileia, Horto das Oliveiras, Cafarnaum, Santo Sepulcro, Igreja da Anunciação, Igreja da Natividade e Igreja da Condenação. Há também uma porção de água do Mar Morto e do Rio Jordão, um candelabro, um crucifixo, uma pedra do local onde Jesus repartiu os pães e peixes e vários outros utensílios religiosos, entre eles, algumas peças da Igreja de Fátima, em Portugal.

O Museu do Imigrante possui 838 peças que foram utilizadas pelos imigrantes de diversas etnias, as quais se encontram expostas à visitação, para a comunidade local e regional. No acervo constam entre outros materiais 113 livros de escrituração mercantil, uma coleção de 115 livros, em língua italiana, sobre a ciência contábil, obras didáticas desde o início do ensino da Contabilidade, 54 volumes que narram a história do esporte amador no Planalto Médio, desde 1930, 21 mapas das áreas de terra vendidas aos imigrantes, desde 1870, na região, fotografias e cartões postais sobre a arquitetura e a engenharia dos povos, de vários lugares do mundo. Existe ainda a história dos aviários, objetos da cultura italiana representados em 50 quadros, que retratam a vida das famílias, por meio de paisagens e figuras do cotidiano. Além disso, no Projeto Pró-Memória existem quatro painéis contendo 240 fotografias de mais de 50 países, representando perfis e fisionomias, características raciais, indumentária e hábitos de vida. A Casa de Cultura abriga ainda a Biblioteca Margherita de Savoia com um total de 1.135 obras literárias que pertenceram à antiga Societá Italiana Margherita de Savoia, fundada e estabelecida, inicialmente, no Clube Caixeiral.

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