Segundo ON
Maria Roseli Doleski Pretto fez tudo o que pôde para ver realizado o sonho que era o Museu de Artes Visuais Ruth Schneider. Lutando com forças naturais e intelectuais, ela participou não apenas da idealização e da criação do espaço, mas também de sua coordenação, missão complexa que executou com profunda dedicação e que, dois anos após a sua morte, lhe rendeu como homenagem um espaço cultural batizado em seu nome dentro do próprio museu. Agora, no mês em que o MAVRS comemora seu aniversário de quinze anos, a artista volta a ser lembrada com a criação do Espaço de Ação Pedagógica Roseli Doleski Pretto, sala que faz jus ao magistral trabalho de Roseli como professora de Artes.
Natural de Uruguaiana, a artista adotou Passoi Fundo como lar a partir do momento em que começou o curso de Artes na UPF. Aqui viu seu talento se expandir por diferentes áreas, como o desenho, a pintura e a gravura, assinando obras expostas em vários salões do país e também na França. Integrou coletivas de arte, como A figura na Obra Gráfica do Rio Grande do Sul, MAM no Parque Lage e Arte Sul, em 1996, e também fez parte do projeto Oca Maloca, de Maria Tomaselli, no Museu Hanover da Alemanha. Participou de mostras na Polônia, Uruguai, Marrocos e Israel. Recebeu premiações em nível nacional e internacional e suas obras integram acervos de vários museus.
Para estrear o espaço dedicado à artista, o museu recebeu um grupo de estudantes das séries finais do ensino fundamental da escola Salomão Ioschpe. Além de visitar a exposição comemorativa dos 15 anos do MAVRS, repleta de obras de Ruth Schneider, os alunos tiveram a chance de desenvolver uma atividade plástica. Acompanhados pela professora de Artes Cléa Batezini, os dezenove alunos elaboraram uma criação artística através da gravura alternativa. Mais do que fazer uma justa homenagem à Roseli, o espaço é um refúgio para tudo aquilo em que a artista mais acreditava: aprender e ensinar.