Marina de Campos/ON
Ele é o primeiro vingador a ter surgido nos quadrinhos, mas é o último a aparecer nas telas pelas quais já passaram Hulk, Homem de Ferro e o Poderoso Thor. Peça derradeira antes da superprodução que vai reunir o elenco desses quatro universos em um só filme para Os Vingadores, com estreia em 2012, Capitão América: O Primeiro Vingador estreia hoje no Brasil trazendo um retrato fiel da origem do personagem, com ação e diversão típica dos gibis dos anos 40. Para os fãs, esse caminho não poderia ser mais acertado, já que o respeito à trama original não impede um roteiro coerente com a atualidade e capaz de agradar também aos que desconhecem o herói. Vivido por Chris Evans, que já havia se aventurado pelo universo dos quadrinhos como o Tocha Humana na adaptação do Quarteto Fantástico, o supersoldado Steve Rogers funciona na tela principalmente pela escolha dos personagens ao seu redor: além do experiente Tommy Lee Jones como o cômico Coronel Phillips e Stanley Tucci na pele do doutor responsável por transformá-lo num herói, o filme traz Hugo Weaving, o agente Smith de Matrix, numa brilhante interpretação do Caveira Vermelha, já eleito um dos melhores vilões das adaptações de quadrinhos para o cinema, disputando o posto com o icônico Coringa de Heath Ledger em 2008. Eficiente em retornar ao clima dos anos 1940 em plena Segunda Guerra mesmo abusando dos efeitos especiais, o longa dirigido por Joe Johnston mostra América em suas primeiras missões, quando ainda não passava de um garoto-propaganda do Tio Sam, até o momento em que se torna perigosamente necessário em pleno campo de batalha. Assim, completando mais um capítulo desse incrível processo de reciclagem da herança dos quadrinhos ao mundo em plena era da tecnologia, Capitão América chega aos cinemas como o último vingador que faltava antes do grande final.
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