Tudo aparentemente normal. O circo lotado e as pessoas aguardando a espera do tal filósofo e escritor que domina a complexidade da inteligência coletiva. Às 19 horas e 40 minutos, chega o astro. Sério, assustado e desconfiado. Devia estar pensando no que o aguardava nos próximos minutos. Cada segundo gerava um flash, cada passo era seguido. De repente me aproximo e lhe pergunto: Est - ce que je pourrai poser un photo avec vous? Com um olhar sério e um sorriso de lado respondeu dizendo: Maintenant, je ne peux pas! O momento não era apropriado, afinal, o escritor estava prestes a subir ao palco e começar o espetáculo. Eu cada vez mais perto o fotografava, cada gesto era precioso. Durante a palestra o tão aclamado filósofo tenta explicar claramente o processo do pensamento humano. Mas passa por momentos bizarros, no qual, para e brinca com uma mariposa em cima do palco. O público ri da atitude do ilustre palestrante. Eu só na expectativa do término da conferencia para conseguir apenas uma entrevista rápida e uma foto com ele. Às 9 horas e 35 minutos se dá o encerramento, e o homem o qual eu “perseguia” se prepara para a seção de autógrafos. Bastou alguns minutos para Pierre Lévy ficar sozinho no palco. Depois de um tombo que levei ao subir as escadas do palco, aproximei-me dele e novamente insisti dizendo: Et la photo? Ele veio a minha direção com um largo sorriso e abraçou-me para tirar a foto. Flasch, Flasch. Agradecida, parti em direção ao espaço onde ficaria para receber os leitores. A todo o momento eu o fotografava. No final da sessão de autógrafos eu mais uma vez me aproximo e pergunto: Pardon, monsieur Lévy. Est-se que pourrez me donner un autografe, s’il vous plaît? Ele simplesmente pegou meu simples papel e desenhou um pequeno coração e assinou “Pour Sabrina. Pierre Lévy”. Agradecida, despeço-me dele com um aperto de mão. Na manha seguinte, o senhor Lévy chega para a entrevista coletiva dada à imprensa. Depois de um tempo, ele se prepara para o almoço com os demais escritores e autores. Eu chego ao local do almoço e ansiosamente o aguardo para mais uma tentativa de conseguir uma entrevista com ele. Por volta das 12 horas e 15 minutos, Lévy se aproxima da mesa e senta-se próximo de mim. Ele me olha seriamente devia pensar “não acredito que essa moça está aqui, de novo!” Bastou poucos minutos para eu lhe perguntar: Monsieur Lévy. Pourrez vous me donner seulement dix minutes de votre temps par un entreviste? Meses estudando suas obras e tentando entender suas ideias em relação a esse mundo que ele chama de ciberespaço. Para Pierre Lévy responder: Non, please, please. Mais jê n’ai pas de temps maintenant. La prochaine fois nous pourrons parler plus. Bien Sûr!
Desapontada agradeci e sai. Então escuto alguém dizer: Girl, Girl, come on! Era o simpático Lévy. Vindo em minha direção ele disse se eu tinha um papel e uma caneta. Eu respondi que sim. Alors, ecrivez! Respondeu ele. E filosofando ditou uma bela frase para mim. “Você é persistente. Tens um sonho? Então corra, vá atrás, persiga o e você irá alcançá-lo. Mas mesmo que ele (o sonho) corra mais que você, digo-te uma coisa: jamais desista de persegui-lo. Jamais!” Pierre Lévy.
Caçada a Pierre Lévy
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