É provável que boa parte dos fãs do lendário Conan ache que evocá-lo em um filme como este seja a maior bárbarie. Apesar de toda e qualquer adaptação ter como lado positivo a possibilidade de gerar num público diferente a curiosidade pela fonte original, neste caso o caminho pode ser atrapalhado pela falta de relevância do longa ou até por um pouco de distorção de sua parte. Apesar do pôster claramente inspirado na arte de Frank Frazetta, “pai” de Conan no universo dos quadrinhos, na tela a produção dirigida por Marcus Nispel mais parece um filme de aventura genérico, sem o peso das histórias dos gibis e muito menos o nível do romance publicado em 1932 por Robert E. Howard, criador do personagem. O que para alguns é querer demais: quem busca assistir à trajetória de um bárbaro, com todo o sangue e violência que ela merece, vai ficar no mínimo satisfeito. Levando em conta o sucesso das duas adaptações protagonizadas por Arnold Swarcheneger nos anos 1980, pendendo para esse mesmo lado, é possível que o longa vá bem nas bilheterias e agrade aqueles que não estão preocupados com fidelidade ou simplesmente desconhecem a história do personagem. Outro ponto a favor nesse sentido são as cópias de Conan, O Bárbaro em 3D, realçando ainda mais o impacto visual que torna o filme interessante. Agora vivido pelo quase desconhecido Jason Momoa - ator havaiano que não surpreende, mas também não prejudica -, Conan volta às telas com o caminho de luta, ascenção e vingança que o caracteriza. Após crescer e se tornar um verdadeiro bárbaro, ele inicia uma jornada de vingança aos monstros que destruíram sua vila e mataram seu pai. Ao longo da trama, esse simples motivo que o fez lutar se transforma em uma guerra contra monstros, hukking e rivais poderosos, que termina em uma implacável invasão sobrenatural.
A hora da barbárie
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