Difícil encontrar quem não demonstre interesse ao ver um objeto antigo, carregado das vibrações de outra época. A partir desta semana, a Câmara de Vereadores oferece ao público a chance de entrar em contato com o dinheiro que circulava pelo Brasil entre os anos 1940 e 1970. Apaixonado por itens do passado, o fotógrafo Vagner Guarezi é dono dessa interessante coleção de cédulas de cruzeiros, que guarda a história do país. “A coleção começou há 4 anos, quando ganhei moedas do período da República Velha, que me chamaram atenção pelas características como tamanho, peso, conservação. A partir daí comecei a buscar essas raridades, que se conseguem em casas numismáticas, mas principalmente através de outros colecionadores”, explica Guarezi. Hoje ele possui mais de 600 cédulas, a maioria nacionais. “Estão expostas 15 cédulas do período entre 1942 e 1970, em que a unidade monetária era o cruzeiro. Entre 1967 e 70 foi o cruzeiro novo, que utilizava as mesmas cédulas, mas com o carimbo do Banco Central”. As curiosidades são muitas. “Até 1953, as chancelas eram grandes, no centro da cédula. A partir desse período, as assinaturas são iguais as de hoje. Asterisco ao lado no número de série significa uma cédula de reposição, que para os colecionadores tem uma valor de mercado maior, é uma raridade”, conta Vagner. “Está exposta também a cédula de 5 cruzeiros, conhecia como a do índio. Essa cédula foi experimental, tratava temas característicos do Brasil. A simpatia do povo por essa cédual foi tanta que carinhosamente começaram a chamá-la de “cédula do índio”. Essa admiração pela cédula transformou-a em artigo de presente, lembrança, ou como chamaram na época ‘souvenir’. Antes de ser recolhida, em 1967, já mais não circulava”.
As notas seguem em exposição até o dia 18 de dezembro