Mais um grande nome dos quadrinhos deixa este mundo em 2011. Depois de figuras como o argentino Francisco Solano López e o italiano Sérgio Bonelli, faleceu na madrugada de quinta-feira o norte-americano Jerry Robinson, conhecido no meio como um dos criadores de ninguém menos que o emblemático vilão Coringa. Nascido em 1922, ele começou sua carreira ao lado de Bob Kane, criador do Batman, e protagonizou ao lado deste alguns momentos importantes dos quadrinhos. Além de participar da criação do arquiinimigo junto com Kane e Finger, ele também sugeriu o nome de Robin inspirado em Robin Hood. Não bastassem essas importantes contribuições para o mundo do Homem Morcego, Robinson seguiu carreira trabalhando com tiras de jornais. Criador de alguns títulos famosos e presidente de duas das maiores associações de cartunistas dos Estados Unidos, nos anos 1970 ele escreveu The Comics, tido como um dos livros mais importantes sobre os quadrinhos nos jornais. Longe do papel, tornou-se defensor dos direitos dos artistas de quadrinhos, fundando o Cartoonists & Writers Syndicate, e tornou-se consultor criativo da DC Comics em 2007. Uma curiosidade sobre a vida de Jerry Robinson: em sua vinda ao Brasil em 2000 para o lançamento do documentário A vida após o Batman, o artista sofreu um infarto em seu quarto de hotel em São Paulo, sendo internado no Instituto do Coração no Complexo do Hospital das Clínicas. Apesar do susto, o quadrinista se recuperou plenamente, vindo a falecer somente nesta semana, ainda sem causas divulgadas, enquanto dormia internado em um hospital de Nova York, aos 89 anos.
“Eu tinha ideia de criar um novo tipo de vilão para os gibis que trouxesse também algum senso de humor e representasse um confronto constante para o Batman. Era uma época em que eu lia no colégio histórias sobre vilões memoráveis na Bíblia, na mitologia, na literatura. E havia Sherlock Holmes e Moriarty”
O pai do Coringa
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