Poder inconsequente

Poder sem limites acerta ao simular documentário para mostrar transformação de jovens heróis

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Desde a estreia de Poder sem limites no país, vem havendo uma interessante enquete nos fóruns sobre cinema da internet: qual é o melhor filme sobre heróis que não foi adaptado dos próprios quadrinhos? Entram na lista produções como Heróis, a comédia Hancock e até o clássico Corpo Fechado, com Bruce Willis e Morgan Freeman. E acredite: ainda que não possua sequer um nome conhecido em sua ficha técnica, Poder sem limites tem sido escolhido por muita gente por sua naturalidade e criatividade em explorar um ponto específico sobre a invejável possibilidade de ganhar poderes: o seu uso inconsenquente. Para isso o filme dirigido pelo estreante Josh Trank acompanha três jovens estudantes que, durante uma rave, encontram um artefato subterrâneo que os faz desenvolver poderes telecinésicos. A partir daí o filme vira uma espécie de Jackass fantástico, já que como todo bom adolescente eles vão experimentar seus poderes das formas mais bobas, inúteis e irresponsáveis. Sem soar chato ou moralista, a medida que a projeção vai passando o filme mostra que, depois da diversão inicial, as brincadeiras vão se tornando perigosas e logo eles terão de aprender a lidar com a responsabilidade que vem acompanhar de todo grande poder. Além de se apresentar agradável e despretensioso, Poder sem limites também acerta ao utilizar a estética de documentário - experiência bem realizada no filme Cloverfield - O Monstro, por exemplo -, fazendo com que pareça que o que estamos assistindo são as gravações dos próprios jovens filmando a si mesmo por estarem encantados com o que estão vivendo. O longa está em cartaz na sala 1 do Bourbon Shopping.

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