Se você só consegue enxergar ela como a mocinha carismática e não consegue nem mesmo imaginá-la de outro jeito, prepare-se: vai ver Julia Roberts como nunca viu. Digna das mais irritantes megeras excêntricas das novelas das oito, a atriz encarna a Rainha Má de A Branca de Neve e os Sete Anões com um estilo e um bom-humor capazes de fazer com que mais uma adaptação do conto clássico dos irmãos Grimm seja bem-vinda. Apesar de aparentemente dispensável, já que todos conhecem a história e seu desfecho nas mais variadas versões, Espelho, espelho meu estreia hoje tentando renovar definitivamente o gênero com focos diferentes e muitas licenças poéticas. Comédia explícita, a produção traz um clima moderno ao tradicional conto de fadas e enriquece a personalidade de algumas figuras, entre elas a própria Branca de Neve, vivida desta vez pela atriz Lily Collins. Na nova montagem, a Rainha quer se casar com o príncipe para resolver seus problemas financeiros, mas ele está bem mais a fim da princesa exilada. Subvertendo a lógica da princesinha a ser salva, Branca de Neve se tornou uma jovem corajosa e destemida, que desta vez vai assumir a missão de resgatar seu reino e seu amor, atrapalhando um casamento com a ajuda dos hilários sete anões. Para Julia Roberts, o público vai gostar das variações. “Foi interessante mudar de tom, criar outra relação entre Branca de Neve e sua madrasta. Além disso, ela vira uma lutadora, física e emocionalmente, que passa da princesa jovem e inocente que todo o mundo conhece à mulher que encontra em si própria a força para lutar pelo que acredita”, declarou a experiente atriz. Sobre seu papel, ela diz que se divertiu muito. “Foi um prazer interpretar esta vilã porque nenhuma norma se aplica realmente a ela. Podia fazer qualquer coisa e me soltar em qualquer direção, se para mim fizesse sentido, então foi ótimo”. Espelho, espelho meu está em cartaz no Bella Città Shopping.
Espelho, espelho meu
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