Até pouco tempo atrás um dos jornalistas mais respeitados do país, o apresentador Pedro Bial afirmou recentemente que considera o programa Big Brother Brasil uma forma de cultura. Só essa frase já seria o suficiente pra provocar um intenso debate, mas o curso de Filosofia da UPF vai mais além e explora toda a temática dos reality shows através da ótica filosófica no primeiro debate de um ciclo de atividades proposto pelo curso para este ano. O projeto, que está sendo desenvolvido com base em temas variados da atualidade, tem sua primeira edição nesta segunda-feira, 30 de abril, com o título O que Filosofia tem a dizer sobre Reality Shows. O objetivo do projeto é discutir do ponto de vista da filosofia os vários temas recorrentes em discussões atuais, como reality shows, lei da palmada, futebol, entre outros. O slogan do projeto faz um chamado: “É hora de discutira a filosofia na praça, trazendo para o meio do público em geral um pouco do saber crítico e filosófico. O desejo é uma das constantes do curso do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Passo Fundo, que em 2010 lançou o livro Filosofia na Praça com o mesmo objetivo, oferecendo ao público uma coletânea de artigos acessíveis, originalmente publicados no Segundo Standard do jornal O Nacional.
Apesar da banalização do gênero por alguns programas televisivos, o mais popular dos reality shows tem sim uma forte ligação com um ícone cultural: seu nome é inspirado na trama da famosa distopia 1984, clássico de George Orwell sobre uma sociedade futurista totalitária controlada pelo Big Brother ou “o Grande Irmão”, e vigiada em todos os lugares e dentro de suas próprias casas por câmeras ligadas vinte e quatro horas por dia. O debate acontece segunda, a partir das 19h30, no auditório do IFCH, no prêmio B4 do Campus I, com a participação dos professores Ângelo Censi e Gerson Trombetta.