Princesa de armadura

A Branca de Neve e o Caçador estreia trazendo versão dark do famoso conto dos irmãos Grimm

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“Todos pensam que estamos transformando Branca de Neve em algo distorcido e sombrio, mas na verdade este é um retorno às origens. O que fizemos basicamente foi pegar a Branca de Neve e dar uma surra nela”. Incorporando a famosa princesa dos contos de fadas de uma maneira bastante original, a jovem atriz Kristen Stewart resume facilmente o espírito dessa nova adaptação do clássico imortalizado pela Disney há mais de sete décadas. Em A Branca de Neve e o Caçador, que estreia hoje ao redor do mundo, a ideia é trazer à tona esse forte lado obscuro existente no conto original dos irmãos Grimm, onde a violência, a miséria e a brutalidade da Idade Média aparecem sem disfarces. “Esta não é a mesma versão que você já viu 200 vezes.

Os ícones estão todos lá, mas o modo como são explorados é muito diferente”, conta o ator Sam Claffin, que completa o elenco junto com o caçador Chris Hemsworth e a veterana atriz Charlize Theron, grande destaque da produção vivendo impecavelmente a madrasta Ravenna. Com efeitos visuais bastante ousados, que brincam com o lado obscuro da trama e abusam da tecnologia para recriar florestas, anões sinistros e grandes maldições, o longa também propõe um novo rumo à história ao apresentar uma heroína corajosa e determinada a fugir da cilada da rainha e liderar o povo do reino em um levante contra a opressão.

“Não tenho a aparência física de uma guerreira, mas me identifico com o espírito cheio de compaixão dessa jovem. Branca de Neve não é capaz de odiar, mas  precisa encontrar a coragem para lutar com os olhos abertos, pois nesse momento ela é a última esperança para as pessoas”, conta a atriz que ajudou a transformar a personagem em uma espécie de Joana D’Arc moderna. Dirigido pelo estreante Rupert Sanders, o filme tem agradado público e crítica até o momento com suas prévias e trailers cheios de beleza e tensão. “Eu queria criar um mundo onde tudo isso parecesse tangível e não uma fantasia. Meu mantra durante todo o projeto foi fazer um filme que significasse alguma coisa, e que fosse fiel àquela história de sete páginas escrita há tanto tempo, mas tão eloquente que ainda hoje se mostra relevante”. Como já virou tradição em Hollywood, é bem possível que o longa ganhe continuação. “Essa história termina, mas vão sobrar algumas questões relacionadas aos três personagens principais”, deixa no ar o diretor. “Talbez eu acabe mesmo caindo em uma nova franquia, pois adoraria interpretar Branca de Neve outra vez”, completa Stewart, alguém com fãs suficientes para fazer isso acontecer.

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