Passo Fundo ama o Festival de Folclore. Como um casal apaixonado separado pela guerra, um romance juvenil impedido pelos pais, um amor impossível distanciado pela vida. Não há tempo ou força no mundo que diminua a emoção do reencontro, o abraço de total entrega e alívio que se dá quando a espera acaba. E talvez não sejam nem esses quatro anos de ausência o único causador dessa euforia: fosse pelo público, haveria festival todo dia. Como não há, os próximos oito serão vividos intensamente, como deixou claro a plateia de mais de 4.500 pessoas que lotou a nova estrutura do Circo da Cultura e provou que, quando há amor, os dias separados não existem: há apenas o prazer de rever um ao outro como se o tempo simplesmente não tivesse passado.
Com a presença de todos os quinze grupos participantes e várias autoridades locais, a abertura da XI edição do festival aconteceu exatamente como todas as outras. A apresentação de abertura belíssima, lembrando ao público a riqueza da nossa própria cultura gaúcha. O tradicional hino do evento - “festival, agita a cidade inteira, festival, essa é a nossa bandeira” -, animando como sempre a plateia e servindo de trilha sonora para a passagem dos grupos pelos corredores entre as cadeiras e perto das arquibancadas.
O discurso incrivelmente aplaudido de Paulo Dutra, “a cara do Festival”, e a aparição meteórica de cada uma das delegações participantes no palco, como um mero aperitivo para o que está por vir. Exatamente como todos os outros anos, exatamente como Passo Fundo quer que seja. Porque a partir de agora o nosso coração está nas saias multicoloridas da Costa Rica, nas esporas afiadas da Argentina, nos olhos maquiados do Equador, nos coletes de pele da China, nos facões e escudos da Rússia, nas penas e tintas dos rostos pintados do Brasil. O show começou e todos estão convidados!
Abertura do Festival de Folclore: O show começou!
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