Na volta ao mundo proposta por Khalid K, não é preciso dominar qualquer idioma, pois a língua escolhida para esta estranha viagem é a mais universal de todas: a música. Munido de alguns gravadores, acessórios variados, o próprio corpo e, claro, a sua voz, o artista de origem marroquina radicado na França desde a infância apresenta a sua versão da famosa Volta ao Mundo em 80 Dias do escritor Júlio Verne de forma incrivelmente atrativa e original. Recriando através de sonoridades e expressões corporais a essência da cultura de diferentes nações, o músico traz o aclamado espetáculo A Volta ao Mundo em 80 Vozes a Passo Fundo nesta sexta-feira, 19, no Teatro do Sesc.
Com mais de 400 apresentações no currículo e passagem por diversos países, o show conta com a elegância, humor e interatividade do versátil cantor e sonoplasta, que aproveita o seu profundo conhecimento musical para contar histórias sem necessitar do recurso da fala. Poética e familiar, a linguagem de Khalid ganha vida e faz com que o público tenha a ilusão da presença de inúmeros personagens, animais, instrumentos e paisagens sonoras de variadas partes do globo, passando por África, Ásia, Europa e América, como se realmente estivesse visitando cada um intrigantes lugares. “Vai encarnando com mestria todo tipo de personagens e animais, sugerindo brilhantemente as sonoridades de instrumentos que dirige como por magia, para contar, com o corpo e as melodias, histórias universais, levando-nos para todas as culturas e línguas, sem nunca falar nenhuma”, resume bem a sinopse do Sesc sobre o espetáculo.
A Volta ao Mundo em 80 Vozes acontece nesta sexta-feira, 19 de outubro, às 20h, no Teatro do Sesc, com classificação etária a partir dos 5 anos, duração de 1h10 e ingressos à venda por R$ 5 para comerciários, R$ 6 para empresários, estudantes e terceira idade com comprovação, e R$ 12 para usuários com cartão Sesc e público em geral. Ingressos e mais informações no Sesc Passo Fundo, ou pelo telefone (54) 3311.9973.
Biografia
Nascido no Marrocos em 1969, Khalid K se mudou para a França aos 4 anos de idade. Tirando partido das duas culturas, começou muito cedo a compor seu próprio universo musical.
Músico instintivo, Khalid aprendeu a tocar violão como autodidata. No final da década de 1980, o encontro com FaridChopel e sua banda ChopelandtheKids foi decisivo. Graças às turnês e às aulas de solfégio, tornou-se instrumentista consumado. Após novas experiências e encontros, saiu à procura de novos sons.
Samplers e equipamentos MIDI passaram a ser seus novos instrumentos. Grande conhecedor das mixagens complexas, fez uma adaptação musical rap de Fedra para a companhia Téknè, sob a direção de Thomas Gennari. Em 1997, Hip-Hop Phèdre foi encenada durante as RencontresUrbaines de laViIette e no Teatro de Arras. Totalmente solto, foi explorando as próprias capacidades vocais, resolvendo então retomar uma matéria acústica bruta: djembê e voz. Com isso, estava dando outra guinada na sua epopeia. Passou então a trabalhar em colaboração com o contador de histórias Ralph Nataf, as bandas Yan etlesAbeilles, LesVoisinsdudessus e com o Teatro Alibi de Bastia. Compôs a música do filme, Tempus Fugit com o coreógrafo SidiLarbiCherkaoui.
Nasce em 1999 seu primeiro show solo: KhalidkPhonie, estreando logo depois Bienvenuedansmatête, dirigido por KênHigelin. LeïlaCukierman, diretora do Teatro Antoine VitezemIvrysurSeine, abriu-lhe as portas para uma residência durante o Festival de Marne, em outubro de 2006. Foi aí que surgiu A Volta ao mundo em 80 vozes. Paralelamente, continua trabalhando com teatro, cinema, treinamento e realização de oficinas. Desde 2006, Khalid K marca presença em todos os palcos e festivais importantes.
A volta ao mundo com Khalid K
· 2 min de leitura