Esqueça qualquer coisa escatológica, nojenta ou embaraçosa que lhe venha à mente quando se fala em “pum”: a partir de agora, cada vez que ouvir essa palavra vai lembrar de um cãozinho brincalhão assim apelidado, e que como todo cachorro, apronta muito quando consegue escapar. Autores dos livros infantis de sucesso Quem soltou o Pum? e Soltei o Pum na escola, Blandina Franco e José Carlos Lollo se divertiram com esse trocadilho que rende tantas brincadeiras duranta a tarde desta segunda-feira, na 26ª Feira do Livro de Passo Fundo.
Com o bate-papo intitulado Como escrever e ilustrar um livro, eles falaram do que mais sabem. Apaixonados um pelo trabalho do outro, acabaram se casando e criando uma das parcerias mais interessantes da literatura infantil brasileira, um gênero em alta atualmente graças às campanhas de incentivo à leitura e a criatividade dos autores para atrair o público infantil. Responsável pelos textos enquanto o marido os ilustra, Blandina resumiu em uma palavra como escrever e ilustrar um livro: “brincando”, disse ela sem pestanejar.
Com uma plateia lotadíssima, formada por alunos de escolas como Bom Conselho, Arco Verde, São Luiz, Fagundes dos Reis, Urbano Ribas e Adelino Pereira Simões, falaram mais sobre o seu processo de criação. “É muito natural, e nas horas mais inesperadas. Como temos um bebê que acorda no meio da noite, às vezes surge a ideia e trabalhamos até de madrugada”, conta o casal.
Mas o assunto preferido das crianças foi mesmo o Pum. O personagem que rendeu dois livros publicados pela Companhia das Letrinhas foi o alvo da curiosidade da maioria dos estudantes que foram até a beira do palco perguntar - e foram muitos. A fila interminável de crianças trazia dúvidas como “Quantos anos tem o Pum?”, ou “ele tem namorada?”, o que Lollo logo respondeu: “ele não tem, mas essa é uma boa ideia, no próximo Pum que a gente vai soltar por aí logo logo, vamos colocar uma namorada e dizer que foi ideia de uma menina lá de Passo Fundo”, brincou o ilustrador. Sobre quanto tempo levaram para criá-los, foram diretos. “Criamos o Pum em uma tarde! Ele foi inspirado no meu cachorro de verdade”.
Ao perguntar se alguém presente escrevia ou desenhava histórias, um mar de mãos levantadas surgiu na plateia. “São vários passos até lá. Primeiro se tem a ideia, depois eu escrevo, então o Lollo ilustra, aí mandamos pra editora e ela envia para a gráfica, que nos devolve esse livro bonito que vocês têm nas mãos”. Servindo como incentivo para os futuros autores e artistas, o simpático casal ainda enfrentou mais uma longa maratona na sessão de autógrafos, onde as crianças puderam conseguir uma recordação da tarde e bater papo de perto, matando todas as curiosidades sobre o Pum e se inspirando para um possível futuro glorioso, parecido com o do casal Blandina e Lollo. Quem sabe?
Tudo sobre o pum!
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