Os zumbis dominaram a cultura pop. Sem qualquer hesitação, abandonaram a característica típica do terror. Tornaram-se ícones de uma geração cujas definições fogem de qualquer tipificação. O momento cultural representa uma grande quebra de tabus, ainda que de forma lenta.
Tudo começou com os bruxos que, quando humanizados, se aproximaram do leitor/expectador e ganharam sua preferência. Depois o “era uma vez” se reinventou: princesas que fugiram do patriarcalismo imposto e tornaram-se as heroínas da própria história. Os vampiros foram os últimos a invadirem livros, séries e filmes – e não, Twilight não foi o primeiro e nem o único a fazer isso. Agora, desde The Walking Dead, é a vez do zumbi.
A última das criações que envolvem os mortos vivos é Meu Namorado é Um Zumbi, adaptação de Marion, que fala da nostalgia que as criaturas sentem. No filme, ambientado em um pós-apocalipse zumbi, onde humanos se escondem e zumbis não acham que são uma ameaça. Mais uma vez, o cinema humaniza um monstro.
A história é, basicamente, um romance: um dos zumbis – segundo a crítica uma mistura de Romeu, Edward e Wall-E – se apaixona pela namorada de uma vítima. Sem forçar o sentimento, o filme se desenvolve como uma espécie de crítica – tanto à “geração crepúsculo” quanto ao exagero de criaturas sobrenaturais na mídia.
Ainda que pareça absurdo, contraditório e inimaginável, a mistura, dirigida por Jonathan Levine, “até” que dá certo e o filme se torna uma comédia agradável que, segundo a crítica, cheia tem um doese razoável de referências sociais, literárias e filosóficas
Em tempos de criações absurdas no cinema. Pelo menos é o que ostra a bilheteria da estreia americana: U$ 20,4 milhões. Aqui, chega sexta-feira.
