Um sarau, um cortejo

A terça-feira, em Passo Fundo, transbordou cultura. Primeiro, um passeio, ao lado da Dia Indústria da Arte, depois, música e poesia no III Sarau da FAC

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A previsão para a tarde de ontem era de chuva, mas nem isso espantou um pequeno grupo de jovens com a cara pintada, roupas coloridas, um sorriso no rosto e um canto na voz. Os alunos da formação teatral da Dia Indústria da Arte invadiram o centro da cidade: saindo de frente da UPF Idiomas, passando em plena Avenida Brasil, o cortejo teatral entoou marchinhas de carnaval e distribuiu trechos de peças teatrais. A intenção? Prestar uma homenagem ao mês do teatro e lembrar à população que Passo Fundo, ainda que não pareça, é um dos principais polos teatrais do sul do Brasil.

O ensino do teatro, difundido pela Dia há dois anos, surge, segundo os criadores da empresa, da necessidade que o jovem da região norte do Estado tem para ter acesso ao ensino qualificado. Quem, anteriormente, teria que migrar para outras regiões do país tem, agora, a possibilidade de fazer teatro na cidade. Cidade essa que na tarde de ontem vivenciou o teatro na sua mais pura essência: no encontro entre artista e público.

A previsão se concretizou: a chuva realmente caiu na cidade. Ainda assim, os alunos da Faculdade de Artes e Comunicação da UPF realizaram o III Sarau da unidade. O cenário é simples: um grupo de amigos, um pouco de poesia, um violão. Uma melodia entoada junto com a voz que declama anuncia a reinvenção de um antigo modo de produzir arte. Os saraus nasceram com a proposta de propagar a arte. Se reinventaram, assumiram a simplicidade e o intimismo.

Na FAC, na noite de ontem, bastou um espaço em meio as salas e um número para apresentar. Além da música, a poesia do Bando de Letras – grupo de alunos que se encontra para discutir, declamar e fazer poesia -, trocadilhos, e grafitti. A Faculdade, por si só, exala arte. Quando todas elas – artes visuais, música, publicidade e jornalismo – se encontram, o resultado é satisfatório: uma noite leve, ainda que carregada de cultura.

Tanto cortejo quanto sarau provam que a juventude ainda é capaz de fazer – independente do que, independente de como – arte. Provam, também, que é pelas mãos da juventude que a cultura em Passo Fundo tem um destino certo.

 

 

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