Contar uma história não é uma tarefa tão fácil quanto parece. Entre uma lembrança e outra, as memórias se entrelaçam e constituem o que há de mais íntimo no homem.
21 uma pessoas se reuniram para contar a história de uma grande obra. A Universidade de Passo Fundo renasce pelas memórias de 21 ex-professores que viram a sua gênese, o seu desenvolvimento e que, ativamente, participaram da construção da UPF. Mais que a história de uma Universidade, os professores relembram a sua própria história.
O livro, que custa R$ 30,00 e está sendo vendido na Livraria Nobel da General Osório, foi lançado ontem pela manhã e contou com a presença dos professores autores, do Reitor da UPF José Carlos Carles de Souza, do vice-prefeito Juliano Roso e da comunidade acadêmica. No hall de entrada da Reitoria, a reunião de agentes da história dos últimos 45 anos.
É uma pena que paredes não falem. O que diriam os tantos edifícios e construções da Universidade de Passo Fundo sobre estes os anos que passaram? Não adianta insistir: as paredes têm ouvidos, mas não falam. Talvez nem mesmo possuam memória. Para conhecer o passado as perguntas devem ser dirigidas não às paredes, mas às pessoas. E, nesse caso, tem-se a sorte de se tratar de uma instituição constituída por milhares de tijolos, mas ainda mais por pessoas.
A trajetória da Universidade, contada no livro Eu e a UPF – Memórias, é uma iniciativa da Aldeia Sul Editora. Nomes como Alcides Guareschi, Jalila Patussi, Irany Comin e José Nicolás ao lado do jornalista Ivaldino Tasca, foram os responsáveis pela concretização daquilo que, antes, ficava apenas na mente e no coração.
Não foi fácil. O trabalho durou cerca de um ano. Valeu a pena. O objetivo, mostrar a universidade como resultado de uma ação coletiva, foi atingido: em cada página, um pouco de concreto. A obra contou ainda com o apoio cultural da UPF e da BSBIOS.
Emoção, riso, lembranças: tudo de mais profundo e que, por vezes, se esconde na rotina diária, foi exposto. O organizador do livro, o jornalista Ivaldino Tasca, vê na universidade um divisor de águas do município, “fruto da garra, do espírito empreendedor e de contradições do passo-fundense”. Para o Reitor, “tratam-se de relatos de épocas variadas, narrados com a emoção e sensibilidade de quem não apenas testemunhou os acontecimentos, mas os vivenciou também na condição de protagonista.”
Boa leitura. O mergulho proporcionado pelas páginas, retornam 45 anos e recontam as décadas onde cidade, população e universidade deram-se as mãos e caminharam rumo ao futuro.
História da UPF vira livro
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