Velozes, furiosos e nostálgicos

O sexto filme da franquia que é incansável chega aos cinemas e promete agradar os fãs de velocidade e ação

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Emoção, adrenalina e velocidade. Em Velozes e Furiosos 6 não são apenas os carros os adeptos da rapidez, mas as cenas seguem o ritmo e fazem da produção de Justin Lin uma das mais bem sucedidas da franquia. Colocados na balança, os cinco filmes anteriores se diferenciam deste último: aqui, além da velocidade, a evolução está, também, nos próprios personagens que, desta vez, conquistam maturidade.

Qualquer filme pertencente à franquia jamais exigiu uma continuidade ou a necessidade que se pensasse como uma sequência. Desta vez, não é assim. O sexto filme inicia quando o quinto acaba: depois do grande golpe de Dom – Vin Diesel – e Brian – Paul Walker – na cidade maravilhosa, os heróis da saga são obrigados a se separar e a viver em lugares diferentes. O resultado? Além dos 100 milhões, uma vida vazia e cheia de saudade. Poderia parecer dramático, se o foco fosse esse. Não é – a saudade é apenas um elemento que busca a humanização dos personagens.

Enquanto grande parte dos personagens se foca na nova vida, Jobbs – Dwayne Johnson – persegue uma organização que, obviamente, utiliza carros para roubar e extorquir dinheiro. A complicação é que a organização está espalhada em 12 países e é liderada com a ajuda de Letty, ex-namorada de Dom que todos julgavam estar morta. A única maneira de parar a organização é superá-los nas ruas. Jobss pede a ajuda de Dom e, juntos, reúnem a elite da velocidade. Se conseguirem vencer, poderão voltar para casa sem qualquer dívida. O enredo permite o crescimento dos personagens que deixam de ser adolescentes vidrados em velocidade e amigos com um vínculo quase familiar cujas relações são exploradas em cada cena.

A diferença está, também, na intenção da Universal: a franquia será transformada em uma série de filmes sobre assalto – a gênese da ideia pode ser conferida nesse sexto longa. O roteiro de Chris Morgan esquece, um pouco, do foco central nos carros e centra-se nas sequências que conduzem ao resultado esperado pela Universal e deixa de lado as corridas de rua. A combinação velocidade, ação e violência, ao que aprece, vem dando certo, mas a dúvida é se a ausência exagerada dos carros agradará ou não o público. Agradando ou não, a mudança é um fôlego novo para uma franquia que é incansável.

Os pontos positivos do roteiro se centram na nostalgia – as cenas iniciais, por exemplo, remontam os cinco filmes anteriores e permitem relembrar aspectos importantes da trama, inclusive a busca de Dom por Letty – e, ainda, nos momentos quase irreais vivenciados pela turma de Dom. Para quem gosta de ação e de sequencias eletrizantes, é o filme perfeito. Com direito a tanques de guerra e viagens por todo o globo.

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