Bonecos que ganham a rua

O grupo Mamulengo de Cheiroso, de Sergipe, apresenta, nesta semana, ?EURoeAs aventuras de uma viúva alucinada?EUR?

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O texto não é novo e já foi encenado por diferentes companhias. Os atrativos escolhidos por Januário Oliveira, no entanto, não envelhecem – se renovam e conquistam o público. Januário é o responsável por dar dinamicidade, através do texto, ao espetáculo “As aventuras de uma viúva alucinada” que o grupo Mamulengo de Cheiroso apresenta na terça-feira, na Praça Ernesto Tochetto.

O elenco é composto por três pessoas: Augusto Barreto, Ananda Dória e Rinaldo Machado dão vida à bonecos que compõe a história. Tudo, em cena, é muito simples: não é necessário um palco ou cortinas; basta uma pequena plateia, uma praça ou a rua. “O mais certo do ser humano é a coisa do simples, do primeiro. Quanto mais se aproxima do rupestre, do irreverente, do bufão, mais o espetáculo causa identificação”, comenta Augusto Barreto, um dos que incorporam os bonecos.

Assim como os elementos, a história também é simples: As Aventuras de uma Viúva Alucinada acompanha os dilemas de uma mulher para criar os filhos depois que o marido morre. No caminho em busca de uma nova companhia, ela vai conhecer um monte de figuras estranhas – incluindo o próprio diabo – até esbarrar com o Compadre Cheiroso alguém obcecado em conquista-la.

Além de optar por satirizar o cotidiano, a peça se desenvolve com a ajuda da plateia. “As pessoas participam de tudo, os nomes dos filhos da viúva, por exemplo, são nomes de gente da plateia. A peça pode durar de 40 minutos até duas horas, depende da interação que conseguimos com o público”, revela Barreto. Outro ponto importante que a peça carrega é a controvérsia: ainda que seja um teatro de bonecos, aparentemente infantil, resgata questões maduras que atingem, também, os adultos que a acompanham: “A criança se encontrar com eles (bonecos), os adultos se enxergam neles”, comenta o ator.

Em Passo Fundo, a Praça Ernesto Tochetto recebe, no dia 4, às 16h, três atores que manipulam cerca de 20 bonecos, e três músicos que dão ritmo à peça. Ainda que seja tipicamente nordestina, a peça se encontra o palco gaúcho e apresenta uma grande mistura folclórica.

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