Revisitar autores e coloca-los na realidade escolar. A função, tão difícil e complicada numa sociedade pós moderna e repleta de atrativos tecnológicos, é, na verdade, uma dura missão que pertence àqueles que se dispõe a adentrar num mar de páginas e transformá-las a fim de fazer com que alunos – imersos num universo touch – também dêem um pulo pela literatura. Nesse sentido, o projeto Sesc Mais Leitura traz para o palco Manoel de Barros.
Dessa vez, não haverá palestras e nem discursos. A revisitação ao autor acontecerá em forma de oficina: nos dias 10 e 11, a produtora teatral Lia Motta, ministra a oficina “Manoel de Barros”, com alunos e professores de escolas da cidade. O encontro ocorre no Teatro do SESC em dois horários, 10h e 15h. O projeto oferece as crianças, adolescentes e professores a oportunidade de conhecer a obra do poeta e vivenciar experiências de sensibilização, cooperação e participação a partir de atividades de relacionamento social, incentivo à leitura e a escrita.
O projeto oferece as crianças, adolescentes e professores a oportunidade de conhecer a obra do poeta e vivenciar experiências de sensibilização, cooperação e participação a partir de atividades de relacionamento social, incentivo à leitura e a escrita. A metodologia aplicada visa o estímulo da criatividade e imaginação, proporcionando o desenvolvimento de indivíduos sensíveis e atentos à sua cultura, podendo atuar efetivamente para a construção de uma sociedade melhor. O objetivo é, basicamente, despertar o interesse pelas artes ao mesmo tempo em que desperta o interesse pela literatura por meio da obra do poeta. Além disso, a oficina busca Manoel de incentivar o gosto pela escrita e leitura e ampliar e desenvolver atividades de percepção, criação e realização – tudo visando estimular a livre expressão dos participantes.
A poesia de Manoel de Barros não é um lugar onde a natureza se anuncia através dos clichês antropocêntricos da poesia bucólica. É, antes, um espaço íntimo de observação reverente e escuta silenciosa. Manoel de Barros é uma espécie de refúgio pastoril brasileiro e contemporâneo que migra, não para as cidades, mas para o verde do campo.