Coluna: Geração que sai, geração que chega

Por Marcus Freitas

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Há alguns meses, gamers vivem na expectativa da próxima geração. Desde os anúncios da Sony e Microsoft – alguns há pouco tempo, outros realizados logo antes da E3 desse ano – com detalhes, especificações técnicas, propagandas, espetadas nos rivais e vários vídeos de gameplay mostrando um pouco do que Xbox One e PlayStation 4 são capazes.Ao mesmo tempo em que existe uma euforia pela novidade, fica um ar depressivo por deixar de lado os velhos companheiros de jogatina.

Claro que é enorme a ansiedade para vivenciar a nova evolução de hardware (que no mundo dos games anda a passos muito firmes, largos e mais perceptíveis do que qualquer outra área do entretenimento), e jogos como The Last of Use GTA V fizeram a despedida de honra, puxando as máquinas até seu extremo. Convenhamos que não há mais como disputar com os PCs de última geração,  famigeradas placas de vídeo que já rodam games em 60fps, com visuais mais reais do que a própria realidade. Tá, mas e aí, simplesmente jogamos fora ou abandonamos nossos videogames?

Obviamente que os consoles correntes não serão abandonados de uma hora para outra, fato reforçado até pelo diretor da Sony na América Latina, Mark Stanley, em entrevista concedida para a última edição da PlayStation Revista Oficial. A produção de jogos para PS3 e X360 só deve cessar oficialmente pelo término do ano que vem e títulos como FIFA, PES e outras franquias com certeza irão ganhar versões para todos os consoles, até porque vivemos no Brasil, e os preços de saída serão bem, mas bem salgados em comparação com o EUA e Europa.

A nova geração será linda, os vídeos de Battlefield 4, Assassin’s Creed IV, Titanfall, The Division, Metal Gear Solid V e Destiny estão aí para nos deixar contando os minutos por suas chegadas. Mas enquanto a nova geração não chega de fato, porque não revisitar o velho oeste em “neoclássicos” como Red Dead Redemption, ou então passear novamente pelos corredores sombrios de Rapture em BioShock? Enfim, existe despedida melhor do que jogar, nem que seja pelo menos um pouco, os títulos que marcaram os últimos dez anos, que, ao que tudo indica, entrarão para a história como a era que firmou os games como protagonista em toda indústria do entretenimento?

Mas isso são apenas reflexões previamente nostálgicas de quem iniciou com o Atari e agora, ao mesmo tempo espera pelo PlayStation 4, já está triste com a ideia de deixar seu PS3 e Xbox de lado. Isso faz parte do ciclo, ou pelo menos até a próxima geração.

 

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