Comédia através do terror

Cia da Cidade apresenta a peça Psicose - A comédia em Passo Fundo neste final de semana

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Um homem que tem anseio por matar mulheres. Desejos, receios, sexo e amor. Suspense e terror. O assassino que transforma a vida de uma família. A vida e a morte contadas em fragmentos do seu existir, no exato momento em que uma interfere na continuidade da outra. O espetáculo Psicose – A comédia, apresentado pela Cia da Cidade de Passo Fundo retrata o prazer incontido, o êxtase, a satisfação, a insanidade e a face oculta de segredos inomináveis. Tudo isso, abusando do humor.

Inspirada e com toques de Alfred Hitchcock, a peça pede emprestado o título, a história, os personagens e a essência do grande clássico, de 1960, e que, até hoje, é responsável por sustos e medo. Psicose - A comédia não e uma paródia do filme, mas um outro viés do enredo. Traz, no elenco, Piéterson Duderstadt, Márcio Meneghell, Lázaro Menezes, Edson Bueno e, também, o curitibano Marcel Gritten. Com texto e direção de Édson Bueno, a peça tem a produção de Piéterson Duderstadt e dura, em média, 60 minutos. O suficiente para rir até o próximo susto. O espetáculo entra em cartaz neste fim de semana, 12 e 13 de outubro, no Teatro do Sesc e a faixa etária é de 16 anos.

Ainda que os personagens sejam complexos e psicóticos, o humor entra em cena assim que as cortinas se abrem. Em cena, há a exploração do humor através das vias do suspense e do terror. Há, também, o exagero de emoções e sentimentos, e, ainda assim, tudo acontece de forma verdadeira e humana. Entre uma cena e outra, o público passa a estabelecer relações íntimas com os personagens e percebem que, mesmo no terror, pode haver um pouco de humanidade. Fascínio, sedução, tara e distorções da realidade. Os medos e as transformações nos corpos. No palco, o retrato da tênue linha da razão e do existir na psicose humana. A comédia sobre a história de um serial-killer é cercada de elementos imprevisíveis na interpretação do matador, da sua mãe, do seu tio, da vítima e do inspetor que investiga as mortes.

A peça, que teve sua primeira apresentação há mais de dez anos - em 2002 - volta a cidade e convida o público a desvendar as mentes dos grandes personagens do teatro e, sem pudor, a possibilidade de rir dos ridículos equivocados do mundo das sombras. Em cena, a soma de equívocos que vão se sobrepondo uns aos outros e levando a desfechos imprevisíveis.

Serviço:
Psicose - A Comédia
Cia da Cidade
Duração: 60 minutos    
Classificação Etária: 14 anos
Apresentações: 12 e 13.10
Local: Teatro do Sesc
Horário: 20h
Ingressos: R$ 30,00 geral e R$ 15,00 estudantes

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