Palavras recortadas

Com recortes, dobraduras e palavras, Gláucia de Souza contou como o livro nasce

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Gláucia de Souza é daquelas mulheres capazes de enxergar ideias em qualquer coisa. Numa borboleta que passa, numa flor ao chão, num recorte ou num desenho. Das ideias, surgem os livros e deles o encantamento das crianças.

Gláucia anota tudo. “Quando eu tenho uma ideia, eu registro num caderno. Tenho uma coleção de cadernos!” A coleção deu vida a 20 livros que circulam pelo país e um outro que foi lançado na Argentina. Por aqui, na Feira do Livro, atentas a fala de Gláucia, as crianças não aguentaram esperar o fim de sua história e, logo, uma enxurrada de mãos levantadas atingiu Gláucia com perguntas de todos os tipos. Preferências por livros, como escrever, quando começar a escrever, de onde vem a inspiração? As respostas, pouco a pouco, construíram a história da autora e dos livros que escreve.

Um dos últimos títulos lançados, Do Alto do Meu Chapéu, é o mais adorado pelo público e, também, pela autora.  O livro é uma reunião de poemas escritos a partir de recortes feitos por Hans Christian Andersen - autor de histórias como a do Patinho Feio e A Pequena Sereia. Através da poesia, Gláucia decifra, delicadamente, os desenhos recortados de Andersen. E se arrisca a recortar e apresentar um corpo de bailarinas em papel verde (foto).

Depois de Do Alto do Meu Chapéu, Gláucia está lançando, na Feira do Livro em Porto Alegre, Uma partida de A a Z. O livro é uma reunião de poemas que envolvem a linguagem do futebol. Além desses títulos, Gláucia apresentou as crianças, também, Saco de Mafagafos e Tecelina, títulos que a acompanham por todos os lugares que visita.

Ainda que sejam direcionados para crianças, Gláucia rejeita a ideia de fazer somente livros infantis: “Eu não acredito que exista livro só para criança, só para adolescente ou só para adulto. Livro que a gente gosta é pra qualquer idade!”.

A sugestão de Gláucia para quem a viu na tarde de ontem foi criar uma caixinha de ideias. “Se você jogar suas recordações fora, suas lembranças vão junto. É importante ter uma caixinha de ideias. Um dia elas serão usadas”. As de Gláucia, ao que parece, ganham vida.

 

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