Menino de Asas

Pablo Morenno, autor de Menina de Asas, falou na tarde de ontem sobre o poder da literatura e da imaginação

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Na tarde de ontem na Feira do Livro, Pablo Morenno se transformou em um guri. De boné, violão na mão e uma energia inquietante, dispensou o palco e, de pouco em pouco, usava das asas - sim, ele as tem; “não as de pena, as da imaginação”- para chegar perto do público. Público esse que encantado cantou e contou histórias de uma vida que está logo ali, em frente ao espelho.

Para quem conheceu Rute, personagem de Menina de Asas - livro do autor - Pablo parece refletí-la. O menino Pablo, morador do interior, usou um guarda-chuva para poder voar, assim como o Menino de Asas, livro que sua professora recomendou. Não conseguiu voar, mas conseguiu ser o tal Menino de Asas. Hoje, Pablo é escritor e vê na literatura uma oportunidade de potencializar a qualidade de vida. “Tudo o que se aprende é pra ter uma vida melhor. Ler é muito legal pra vida, não é pra ganhar dinheiro ou pra achar amor. Os livros são pra gente viver melhor. Nem sempre a vida vai ser bonita, mas a vida vai ser importante”, comenta o autor.

Para ele, Menina de Asas é uma história com significado e que traz, justamente, a história de como os livros são capazes de salvar as pessoas. “Palavras são mais importantes que tudo. As pessoas querem resolver os problemas do mundo com guerra e não conversando”, explica.

Pablo não quis contar a história de Rute sozinho. Ao lado de alguns alunos das escolas presentes na Feira e com músicas, histórias e uma conversa olho no olho, Pablo  explorou toda a vida da Menina de Asas e abordou aspectos como família, literatura e imaginação. No meio da conversa Pablo foi interrompido por um outro menino com um desenho na mão, retratando a história que Pablo dedicou tempo para construir. “Por isso que eu sou escritor!”, agradeceu e pediu um abraço. Esse menino, assim como a maioria do público, formou uma fila gigantesca na sessão de autógrafos.

Formado em Filosofia e Direito, o autor enfatizou que é somente o conhecimento e a palavra que salvam o mundo. Ainda que apreça um assunto sério para gente pequena, as crianças pareceram absorver o que ele disse. O jeito de Pablo reflete não só Rute, mas como todo e cada pequeno que escolhe a Feira do Livro para passar a tarde.

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