Durante 11 anos a comunidade de Passo Fundo e acadêmicos da UPF tiveram, todos os anos, edições do Circuito de Cinema, Cultura e Psicanálise. Acompanhei as primeiras edições como aluno, participei da última edição como debatedor e presenciei, ao longo dos anos, como assistir e debater filmes, das mais diversas formas e com as mais diferentes abrangências, é intrigante. Em 2013, no primeiro semestre, tivemos a primeira edição do FAC Cine Fórum. Não mais 3 noites, como no tempo do Circuito, mas uma semana cheia, cinco noites de exibições de filmes com posterior discussão. Em 2014, o evento terá sua segunda edição com algumas evoluções, mas o melhor desse tipo de movimentação é começar a agregar pessoas com interesses comuns de usar o cinema como fonte de pesquisa e discussão.
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O Grupo de Estudos em Leitura e Interpretação de Imagens surgiu no rastro da primeira edição do Cine Fórum e como parte do projeto de fomentar a pesquisa na Faculdade de Artes e Comunicação da UPF, e é ligado a um dos grupos de pesquisa da Unidade. Quem trabalhou para criar o grupo comigo foram as professoras Jacqueline Ahlert e Maria Goretti Betencourt, e o resultado impressionou: são mais de 40 alunos - a maioria da FAC, alguns do IFCH, todos da UPF - interessados em pesquisar os mais variados temas envolvendo a imagem (cinema, fotografia, arte, arte sequencial, animação, etc, etc, etc, etc). O grupo é embrionário, há um esforço inicial de introduzir os alunos no mundo da pesquisa, traduções, fichamentos, mas o que mais nos recompensa é que são eles que nos trazem temas intrigantes.
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Dentro do Núcleo de Estudos em Cinema, que faz parte do grupo, há alunos pesquisando a narrativa não-linear nos filmes de Tarantino, as marcas autorais no cinema de Spielberg, traços biográficos nas obras de Chaplin, simulacro, realidade e filosofia em Matrix, o estilo de montagem na comédia muda, o papel do som e da trilha na narrativa audiovisual... Nem menciono os demais trabalhos que diretamente serão orientados pelas professoras Jacqueline e Goretti em suas áreas, ou que contam com o apoio do professor Vinícius Rauber, na área da sociologia. Mesclar a interpretação da imagem, a linguagem, subliminaridade, semiótica, sociologia e psicologia - na análise de um filme, por exemplo - é um campo de infinitas possibilidades. Para quem se dedicar ao cinema, especificamente, um dos resultados pode ser o surgimento de uma nova geração de críticos que possam ir além do achismo sem argumentos na hora de avaliar um filme. O outro pode ser a criação de uma geração jovem dedicada a uma cinefilia mais bem embasada saída dos corredores da FAC. O esforço dessa gente jovem, que recém está engatinhando no campo da pesquisa, deve render frutos em 2014. Seminários, cursos de extensão, oficinas, mostras de cinema e a criação de um Cineclube estão em pauta. A primeira chance para essa gurizada vem no dia 19 de novembro, com o Seminário de Pesquisa da FAC-UPF, do qual eles foram intimados a participar, mesmo que suas pesquisas estejam recém iniciando.
E se tudo der certo, como está dando, aos poucos, é provável que o nome do grupo comece a surgir em eventos abertos à comunidade - 2014 promete.
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Apenas para não deixar passar em branco, completamos um mês da estreia de um dos filmes mais badalados do ano, provável indicado a vários Oscars (sim, o prêmio da indústria é termômetro para a importância de uma estreia no circuito comercial), mas ele ainda não chegou a Passo Fundo. Dá para adicionar na espera por “Gravidade” o novo filme de Paul Greengrass (Supremacia e Ultimato Bourne), “Capitão Phillips”, com Tom Hanks, e que pelo trailer deve merecer o ingresso. O filme de Greengrass estreou sexta, dia 08. É mais um para a fila. E para não passar batido, Stallone e Schwarzenegger gostaram de brincar juntos e estão em “Rota de Fuga”, que estreia por aqui. Schwarzenegger é convidado ilustre, o filme pertence a Stallone. Vou dar um pouco do meu dinheiro aos dois porque meu sonho nos idos de 1988 era ver os dois lado a lado. Demorou um pouco, os músculos caíram, a barriga aumentou, as rugas apareceram, mas é sempre divertido ver os dois brincando de fazer filme de ação a lá anos 80, quando os dublês eram mais importantes que os computadores.