Música Clássica no meio do tradicionalismo

Quarteto Belmonte explora as diferentes vertentes da música clássica na próxima terça-feira, em Passo Fundo

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Janaína, Dhyan, Márcio e Ubiratã sobem, na próxima terça-feira, 10, ao palco do Teatro do Sesc e, entre acordes delicados e composições intensas, exploram as vertentes da música clássica. Não há canto, há o soprar de instrumentos. Não há voz, há a força de violoncelo, viola e violino. O grupo representa a formação clássica mais utilizada por compositores desde o século 18 - um quarteto de cordas.

O Quarteto Belmonte foi formado, especialmente, para o projeto Sonora Brasil desenvolvido pelo Sesc. A proposta é despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão de música no país. Todas as apresentações são essencialmente acústicas, valorizando qualidade das obras e de seus intérpretes. Até o final do ano o projeto apresenta 450 concertos, em 128 cidades brasileiras, a maioria distante dos grandes centros urbanos. A atividade é uma forma de trazer a população para perto de uma música considerada, por muitos elitista e que, na verdade, não traz nada além de sentimento e verdade.

Os quatro instrumentistas se uniram e encontraram semelhança entre si por identificarem-se com a experiência como concertistas em orquestras e conjuntos de câmera que atuam na cidade do Rio de janeiro. Janaína Salles, por exemplo, é integrante da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF e Dhyan Toffolo integra a Orquestra Petrobras Sinfônica. Márcio Sanchez faz parte da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e Ubiratã Rodrigues representa a Orquestra Sinfônica Brasileira. Todos com histórico de experiências internacionais de formação e no campo artístico.

O concerto que será apresentado terça-feira está inserido na temática “Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea”, do projeto Sonora Brasil. O tema traz à tona a força do compositor brusquense Edino Krieger, que contribuiu significativamente para o desenvolvimento da música no Brasil. Além de compositor, atuou, também, como crítico e produtor musical. Foi responsável, ainda, pela criação de um dos mais importante eventos da música contemporânea no país: as Bienais de Música Brasileira Contemporânea.  No repertório, obras do homenageado, além de Marisa Resende, Murillo Santos, Ricardo Tacuchian e Carlos Almada, compositores que tiveram suas composições apresentadas nas bienais.

A apresentação acontece no Teatro do Sesc, na terça-feira, 10, a partir das 21h, com entrada gratuita.

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