Coluna: Piores do ano

Por Fábio Rockenbach

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· 2 min de leitura
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Fim de ano é tempo das famosas listas de melhores e piores. Como ainda não consegui ver a nova jornada de Bilbo Bolseiro, e pretendo deixar “Gravidade” – que não chegou a Passo Fundo, incrível – para comentar no começo do ano, a hora é de lembrar, primeiro, os piores filmes do ano que está acabando (no próximo final de semana, os melhores)

Claro, uma lista muito pessoal e onde vai faltar muita coisa ruim feita ao longo de 2013.

AMANHECER VIOLENTO – o filme original é uma pérola da era Reagan e era sincero em sua visão armamentista e aventuresca ao estilo anos 80. A assinatura de John Millius no filme é um exemplo. Na refilmagem, trocaram os invasores Cuba e URSS pelos norte-coreanos. O problema é que o que soava estúpido em 1984 pelo menos estava enquadrado em um contexto do panorama político mundial. Em novos tempos, o filme é dispensável e já começava com o descrédito do público.

RIPD – AGENTES DO ALÉM – se você tiver a sensação de que já viu algo assim antes, mas que antes era muito melhor, está certo. Cópia descarada no estilo e na premissa de “MIB – Homens de Preto” – só que muito ruim.

SE BEBER NÃO CASE III – Na minha opinião, deveria ter parado no primeiro filme, que era legal. Mas, como sempre, houve quem tentasse esticar ao máximo uma ideia que surpreendentemente deu certo. Uma hora, a corda arrebenta...

O CAVALEIRO SOLITÁRIO – bola fora do diretor e do astro de “Piratas do Caribe”. Lembra outra série de TV ambientada no western que foi levada às telas de forma desastrosa nos anos 90, “As Loucas Aventuras de James West”, com Will Smith. O maior problema é que, aqui, o diretor Gore Verbinsky parece realmente ter achado que estava fazendo algo bom.

MEU NAMORADO É UM ZUMBI – Sério? O que vem a seguir? Vampiros que brilham e têm crise depressiva? Ah, não, isso, já foi feito...

DEPOIS DA TERRA – M. Night Shyamalan estava se tornando um dos mais geniais diretores de sua geração, depois de uma série de ótimos filmes (O Sexto Sentido, Sinais, A Vila). Aí, a fonte parece ter esgotado e a necessidade passou a ser trabalhar para pagar o aluguel mesmo. Triste decadência...

DURO DE MATAR – UM BOM DIA PARA MORRER – triste ver John McClane comemorar 25 anos do lançamento do primeiro filme com uma filmeco de ação insosso e que consegue o feito de ser até chato e sonolento.

JOBS – Steve Jobs merecia mais do que uma cinebiografia que percorre os clichês e a falta de originalidade comuns a filmes biográficos no cinemão americano, e que ainda apresenta um roteiro falho e recortado, e um Ashton Kutcher que precisa aprender que interpretar é diferente de emular.

KICK ASS 2 – Só os produtores não entenderam que o sucesso do primeiro filme é porque ele fingia falar sério de algo que, claramente, satirizava?

A HOSPEDEIRA – Hollywood realmente achou que o sucesso de Crepúsculo entre os adolescentes tinha alguma coisa a ver com a qualidade do material original e investiu na adaptação de outro romance de Stephenie Meyer. Que furada!!

PROVAVELMENTE ESTARIAM AQUI, mas não tive coragem de ver nos cinemas ou em vídeo ainda: “Crô” e “Gente Grande 2”

MENÇÃO HONROSA: à GLOBO FILMES, que com suas comédias feitas a toque de caixa está conseguindo monopolizar o mercado e a distribuição de filmes nas salas brasileiras e está conseguindo o feito de ameaçar seriamente a qualidade e o futuro do cinema nacional.

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