Princesa de Gelo

Nova animação da Disney, baseada em A Rainha da Neve, deixa o príncipe de lado e foca na família

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Que as Princesas são a maior aposta da Disney, todo mundo sabe. Que elas garantem a rentabilidade da empresa, não é novidade. Que as onze princesas oficiais estão presentes não só nas telas, como ganharam o mundo real através de brinquedos e outros produtos já é sabido. O novo, por aqui, é a transformação que as Princesas estão carregando consigo. Sem deixar o “felizes para sempre” de lado, as novas personagens da Disney estão se tornando, desde Enrolados, mais donas da própria história e capazes de construir o destino. Não esperam o príncipe, mas enfrentam o necessário ao lado dele. Frozen: Uma Aventura Congelante é mais uma dessas apostas.

Simplicidade no preparo
A receita é simples: uma história antiga, um roteiro bem elaborado, uma princesa sem medo, um príncipe que a acompanha e um personagem coadjuvante que será, certamente, adorado por muita gente. Em Frozen, a história recriada é A Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen, criador de A Pequena Sereia. O roteiro, que não segue, necessariamente, a história original é de Jennifer Lee e a direção é dela em parceria com Chris Buck.


Uma princesa reclusa
Na história, Elsa, a princesa de Arendelle, possui o poder de Criocinese. Capaz de gerar neve, ao lado da irmã mais nova, Anna, a brincadeira parece um bom jeito de passar o tempo. Apenas parece. Acidentalmente, Elsa acerta Anna – que quase morre congelada. Ainda que não tivesse qualquer intenção, os pais a condenam a uma reclusão completa para que seus poderes sejam controlados antes que se tornem uma maldição. No dia de sua coroação, porém, nem tudo sai como planejado e todo o reino de Arendelle acaba embaixo de neve.

Em dose dupla
Frozen é um filme que acompanha a trajetória não apenas de Elsa, mas de Anna. Depois de deixar o verão congelado, a princesa mais velha foge, assustada. A animação fala sobre autoaceitação, sobre busca e, também, sobre família. Dentro desse último conceito é Anna quem inicia a aventura em busca da irmã. Com ela, um excêntrico vendedor de gelo Kristoff, a rena Sven e o boneco de neve encantado Olaf – responsável pelas risadas e pelo amor do público. No meio do caminho, trolls, obstáculos e a dificuldade em encontrar Elsa.

Pouco a pouco, o longa revela cada uma das princesas. Enquanto Elsa sempre se reprimiu, fugindo de quem realmente era e enxergando seus poderes como uma maldição, Anna nunca pôde conhecer o mundo, com sua ansiedade por viver aventuras e novas experiências, o que a transforma em uma jovem ansiosa e ingênua. De todos os filmes de princesas que a Disney apostou, esse talvez seja o mais diferente: deixando de lado o sonho do amor e do príncipe – sem esquecer dele, é claro -, Frozen é, essencialmente, o retrato da relação entre as duas irmãs.

Clássico?
Se Frozen irá se tornar o próximo clássico da Disney ou se Elsa e Anna entrarão para a lista das Princesas, não se sabe. Ainda que não seja impecável, Frozen tem todos os elementos das animações que a Disney, em parceria com John Lasseter, responsável pelo departamento de animação, é capaz de criar. Mesclando o clássico e o moderno, a animação é, certamente, uma forte candidata para a lista de filmes preferidos.

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