Coluna: Os melhores de 2013 - parte 2!

Por Fábio Rockenbach

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...para encerrar a lista de melhores iniciada na última edição, os últimos cinco filmes que esta coluna coloca entre os destaques de 2013.

Blancanieves - reviver a clássica história de Branca de Neve imersa na cultura espanhola moderna, e emulando técnicas do cinema mudo, não é para qualquer um. Ao contrário de “O Artista”, Pablo Berger entendeu que não bastava fazer um filme mudo em preto e branco para que essa emulação funcionasse. “Blancanieves” é uma obra diferenciada, mas hipnotizante.

Renoir - assim como o representante brasileiro, o longa que representava a França saiu a disputa do Oscar. Uma pena. “Renoir” não é revolucionário, sequer traça sua narrativa por caminhos desconhecidos, mas é um longa cativante. Ter pai e filho (Renoir pintor e Renoir diretor de cinema) como personagens “disputando” o amor da mesma mulher pode ajudar nessa empatia, mas o filme de Gilles Bourdos é maravilhoso.

Antes da meia noite - nem precisaria ser um bom filme - e é - mas apenas por concluir a trilogia iniciada com “Antes do Amanhecer”, em 1995, já seria suficiente para estar aqui. Para quem tem mais de 30, é difícil explicar a sensação de acompanhar o desenvolvimento do romance entre Jesse Celine, ao longo de quase 20 anos. Os atores e personagens evoluíram, mudaram e se moldaram conosco.

O grande mestre - A história não é nova - já havia sido contada em “Yip Man” - mas desta vez, a saga de uma lenda das artes marciais na China surge sob a ótica de ninguém mais, ninguém menos, do que Wong Kar-Wai. Épico é uma palavra utilizada em demasia, mas o filme é obrigatório para os fãs desse estilo - quem gostou de “13 Assassinos”, de Miike, vai gostar do desafio estilístico de Kar-Wai e da dança de sua câmera nesse filme que também é finalista no Oscar de filme estrangeiro.

O ato de matar - perturbador ver que hoje há culturas em que assassinos do passado são celebrados e agem com naturalidade quanto à sua barbárie nos choca e nos questiona a respeito das muitas faces da natureza humana. Um documentário obrigatório, também pela distância com que vê fatos que poucas pessoas conseguiriam registrar sem manifestar posicionamento.

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