Referências para montar

Cheio de nostalgia, Uma Aventura Lego é uma homenagem à infância de quem passava os dias montando uma peça na outra

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A sensação é indescritível. Quase que involuntariamente as duas mãos se unem. Não há como resistir ao impulso. Não há alternativa. Como se fossem dois ímãs, as duas peças se encaixam. Melhor que jogar varetas, somente o lego. Todos, absolutamente todos, sabem o que é isso. Não, lego não é um brinquedo somente dos anos 80 e 90. Ele se reinventou, ressurgiu e habita, novamente, as prateleiras infantis. Mas cresceu: das prateleiras foi para a tela e a vida da pequena peça é retratada no longa – em cartaz em Passo Fundo – Uma Aventura Lego.

Emmet, voz de Chris Patt, é um operário que segue o manual do lego e sabe, exatamente, onde cada peça se encaixa para formar o mundo perfeito. Tudo funciona perfeitamente. Tudo tem uma ordem, um lugar e uma forma de agir. Tudo. Até que um dia, alguém quebra isso. Megaestilo, voz de Elizabeth Banks, conta a Emmet sobre a profecia. Ela e outros Mestres Construtores creem que o operário seja o escolhido para salvar o mundo das regras impostas pelo Senhor Negócios – que, a partir do manual, controla as pessoas, a cidade e todas as outras localidades dos blocos de Lego.

O enredo é simples e não traz uma novidade. A novidade, mesmo, é o longa protagonizado pelas pecinhas que habitaram a infância de cada um. Num cenário tão louco quanto “Tá Chovendo Hambúrguer”, os roteiristas e diretores Phil Lord e Christopher Miller colocam referências de Matrix, Toy Story e Simpsons numa tentativa de homenagear ícones da infância. Além deles, Batman, Superman, Senhor dos Anéis, Star Wars, Tartarugas Ninjas e celebridades do NBA também ganham a sua forma em lego e também contribuem para a loucura de Lord e Miller. Não há espaço para pausa: tudo tem um ritmo acelerado e a diversão atinge não só as crianças, mas qualquer um que conheça, no mínimo, um dos personagens ou tenha montado qualquer estrutura de lego. O ambiente parece ser mágico.

Numa luta por seguir regras pré-estabelecidas ou, então, inventar a própria maneira de construir tudo o que está ao redor, Uma Aventura Lego apresenta brinquedos - de uma forma bem comercial -, mas, também é capaz de desafiar quem assiste. Desafia a pensar sobre livre-arbitrio e escolhas. E desafia, também, a dar um pulo na infância e, quem sabe, montar uma ou outra pecinha.

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