No nascer do século, em 1900, nasceu, também, Antoine de Saint-Exupéry. Em 1943, Exupéry deu vida a um menino loiro, um tanto solitário e em busca de conhecer outros mundos. O Pequeno Príncipe foi capaz de encantar a história. Entre frases marcantes e ensinamentos carregados por gerações, o livro tornou-se obrigatório entre as primeiras leituras infantis e não parou por aí: o pequeno livro branco, com um menino em cima de um planeta na capa, habita prateleiras e bibliotecas de quem já passou da infância há muito tempo.
Todo o sucesso do livro nasceu da mente de Exupéry. O francês foi, além de escritor, piloto e um aventureiro nato. É dele a autoria de frases como “Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante” ou, ainda, “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se eu quiser conhecer as borboletas”. E é sobre ele que o espetáculo que acontece hoje a noite, no Teatro do Sesc, fala. “Um príncipe chamado Exupéry” será encenado em dois horários: 19h e 21h e a entrada é gratuita, já que o projeto foi viabilizado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012, do Ministério da Cultura.
O espetáculo é inspirado na vida do escritor pouco antes de dar vida à obra que o tornou conhecido mundialmente. A narrativa acontece entre 1926 e 1944, época em que Saint-Exupéry foi um jovem e destemido aviador que trabalhava para a Companhia de Correio Aéreo Aéropostale. Na peça, ele e os amigos, que juntos formam “os cavaleiros do céu”, enfrentam o mar, o céu e o ar; a noite, o deserto, as montanhas e as tempestades para cumprir seu ofício: transportar o correio aéreo. Em um tempo em que os aviões eram quase de papel, entregava cartas em escalas de vôos diários, que se estendiam pela Europa, África e América do Sul. Uma de suas escalas era na praia do Campeche, em Florianópolis, local onde ele ficou conhecido como Zeperri. Era o início da aviação civil, que trazia em seu corpo de funcionários jovens pilotos destemidos e que foram autores de façanhas para transportar o correio da França para a África e dali para a América do Sul. Ali, em meio a viagens, Exupéry pensou n’O Pequeno Príncipe.
Para a montagem do espetáculo, os integrantes da Cia Mútua estudaram a vida e obra de Antoine de Saint-Exupéry, e passaram pelo Brasil e pela França em busca de informações. O espetáculo é a quinta montagem do grupo que está nos palcos desde 2010. Um Príncipe Chamado Exupéry é feito através de bonecos, sem nenhuma fala e direcionado para adultos.
Um Príncipe Chamado Exupéry
Teatro do Sesc
HOJE, 19 de março
19h e 21h
Entrada gratuita