Governador inaugura Museu dos Direitos Humanos do Mercosul na Capital

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Para valorizar as conquistas da democracia e promover a reflexão sobre o estado de exceção no país, o governador Tarso Genro inaugurou nesta terça-feira (1º) o Museu dos Direitos Humanos do Mercosul (MDHM) - no prédio do Memorial do Rio Grande do Sul, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. Ao visitar a exposição “Deus e Sua Obra no Sul da América: a Experiência dos Direitos Humanos Através dos Sentidos” - que reúne obras de 145 artistas do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Equador e marca o início da Semana da Democracia -, o chefe do Executivo afirmou que o resgate da memória daquele período "é vacina contra os totalitarismos". A Semana da Democracia é uma iniciativa do Governo do Estado.

Acompanhado do secretário da Cultura, Assis Brasil, que o guiou na exposição, o governador reiterou que o projeto representa a análise de uma geração inteira sobre a democracia. "Nem todas são obras diretamente políticas, mas são trabalhos e documentos que se relacionam com determinado período da história que nós temos que fixar na memória do povo e da cidadania."

Tarso também destacou a importância da exposição, que permanece na Capital até 31 de maio e tem entrada gratuita. "A finalidade de um evento como esse é consolidar esse espírito democrático que está cada vez mais forte no país, para que aquilo que começou no país há 50 anos nunca mais aconteça. Esse é o sentido que está dado aqui".

Diretor do Memorial e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e do Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, Márcio Tavares dos Santos, explicou que o local tem a missão de reunir obras sobre temas diversos e ser um elo entre as instituições de memória que existem no Mercosul.

"Nesta mostra inaugural, pretendemos dar conta disso, pois os direitos humanos são um conceito histórico em transformação e ainda inconcluso na nossa região. Vamos ser um museu que vai dar conta da memória da repressão política, mas também das lutas por identidade que acompanham os direitos humanos atualmente, das questões étnico-raciais, dos povos originários".

Exposição
Os trabalhos que integram a exposição têm por objetivo dar uma visão panorâmica sobre os direitos humanos e explorar todas as formas de materialização da memória pela arte ou documentação histórica. Distribuídas pelo primeiro andar do museu, com cerca de mil metros quadrados, as obras incluem fotos, vídeos, pinturas, esculturas, instalações e inúmeros cartazes, cartuns, charges e documentos. A mostra tem contribuições dos países do Cone Sul que sofreram com as ditaduras.

Projetos
Além de um acervo permanente, o museu passará a ter exposições e mostras focadas em outros temas e aspectos que vão explorar ao máximo o acervo documental e artístico que irá abrigar, com a contribuição do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs).

Reforma
O prédio histórico dos antigos Correios e Telégrafos recebeu uma reforma, que ainda não foi concluída, com recursos do Estado e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, no valor de R$ 1,5 milhão. Com uma nova verba do PAC das Cidades Históricas, no valor de R$ 4 milhões, o prédio será totalmente climatizado até 2016. O museu funcionará de terças a sextas-feiras, das 10h às 19h, e aos sábados das 12h às 18h.

Semana da Democracia
A programação é aberta ao público em geral, mas especialmente dirigida à juventude, aos estudantes das ciências humanas, Direito, Comunicação, e também secundaristas. A programação completa está no site www.nuncadesapareca.com.br, onde também o internauta pode usar um aplicativo que converte sua foto no facebook em uma imagem semelhante a cartazes de pessoas desaparecidas, com o lema da campanha pró-democracia.

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