A primeira publicação de Spiderman retratava Peter Parker: jovem, estudante e órfão, Peter morava com os tios. Picado por uma aranha radioativa, adquiriu poderes que mudariam a sua vida: antes fraco, Peter tornou-se, então, o retrato do desejo da maioria dos jovens da sua idade. Conquistou resistência e agilidade incomum para humanos e capacidade de lançar teias através de um invento que criou ao se deparar com as transformações.
A história é conhecida, o herói também. O que mudou em O Espetacular Homem Aranha, lançado no ano passado, foi a forma de olhar para Peter. Agora, na segunda parte, a criação de Stan Lee está de volta, com mais maturidade e seriedade. O romance adolescente que ganhou boa parte do primeiro longa ainda existe, embora o clima tenha amadurecido junto com os personagens. A opção por trazer um contexto mais moderno e juvenil foi essencial para reiniciar a história de um herói que, há pouco tempo, já havia povoado os cinemas.
Interpretados por Andrew Garfield e Emma Stone, Parker e Gwen Stacy seguem sendo o centro do filme. A luta por manter a “loira de olhos verdes” em segurança ao mesmo tempo em que precisa lidar com vilões é a principal motivação do enredo e a química entre os atores – que são namorados – proporciona aos personagens momentos de uma intimidade verdadeira que trazem um pouco de tranquilidade em meio a raios, conspirações e super-poderes.
Mas não é só de romance que o Espetacular Homem Aranha é construído. Na segunda parte da franquia, o herói precisa lidar com o retorno de um velho amigo, Harry Osborn – interpretado por Dane DeHaan -, e, ainda, o surgimento de um vilão poderoso: Electro – interpretado por Jamie Foxx. Além de Electro, o Duende Verde e Rhino também aparecem na sequencia. Sim, a soma disso tudo resulta, para Parker, em uma equação complicada: ao mesmo tempo em que precisa proteger a namorada e a tia, ele busca resolver o mistério do desaparecimento dos pais e, por fim, tem que derrotar três vilões.
Toda a confusão de enredos que o filme traz faz com que a narrativa, por vezes, se torne lenta – ao contrário do que possa parecer. Por dar atenção a muitas histórias menores, a narrativa central perde o foco por volta da metade da obra. Ainda assim, as cenas de ação do início e o final do longa – que sugere a continuação –, o bom humor característico do Aranha e as citações que remetem os quadrinhos conseguem agradar os fãs de um dos heróis mais próximos da realidade.
Estreia hoje nos cinemas da cidade: No Bella Città, em 3D, dublado, às 13h30 e às 16h10 e legendado às 18h50 e 21h30. Já nos cinemas do Bourbon, o longa é dublado e disponível nos horários 13h30, 16h10, 18h50 e 21h30.