A Culpa é das Estrelas

O queridinho dos jovens, escrito por John Green, ganha adaptação para o cinema e comprova ser bem mais do que um clichê adolescente ao optar por uma narrativa emocionante e natural

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Uma história doce. Um casal apaixonado. Uma família em desespero. A agonia de um tempo que passa rapidamente. Ao lado da doçura a agonia. Ao lado do amor a angústia. Entre o desespero e o fim, a esperança. Assim, num misto de sensações e emoções, o best-seller A Culpa é das Estrelas não ficou apenas na literatura e levou o nome de Hazel e Augustus para as telas. O romance – que é bem mais que um mimimi juvenil – estreia hoje nos cinemas de Passo Fundo.

Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster, interpretada no longa pela nova queridinha de Hollywood Shailene Woodley, se mantém viva graças a uma droga experimental.  Depois de passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters – interpretação de Ansel Elgort que atuou com Shailene também em Divergente. Ele também sofre com o câncer, mas enquanto Hazel se preocupa apenas com a dor que poderá causar aos outros, Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. No meio das diferenças, surge a paixão. Augustus vira o mundo de Hazel de cabeça pra baixo e, juntos, os dois atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.

O livro poderia ser triste, angustiante e deprimente. Não é. É um livro bonito – no melhor sentido da palavra. Acompanhado de uma constante melancolia, sim, mas, acima de tudo, um romance sobre o tempo que se gasta na vida e sobre como as relações que apostamos influenciam nas escolhas. O filme segue a mesma opção e foge do destino já acertado para ele antes mesmo da estreia. A Culpa é das Estrelas, produzido pela mesma dupla responsável pela saga Crepúsculo Marty Bowen e Wyck Godfrey, tinha tudo para perder a essência do livro e se tornar mais um clichê adolescente em busca de uma bilheteria milionária. Mas não, o longa acerta na emoção e se consagra, também, como um filme que vai bem além do romance piegas.

A química entre os personagens centrais e destes com os secundários é o grande segredo do longa. O romance se torna natural entre Hazel e Augustus, o drama familiar é tão genuíno quanto angustiante e a relação mãe e filha é o retrato de muitas casas. Nada, no entanto, é íntimo demais a ponto de parecer constrangedor. Josh Boone, o diretor, parece ser uma extensão de John Green, autor do livro, e a narrativa acompanha as páginas ao mesmo tempo em que existe por si só – quem não leu, saberá exatamente o que aconteceu.

Mas nem tudo são flores. Não em Passo Fundo. Depois de uma Malévola dublada, Hazel e Augustus também virão dessa forma. E, mais uma vez, você não tem opção. O filme está disponível no cinema do Bourbon e, apesar de indicar uma classificação de 12 anos, é dublado e só. Uma pena, já que A Culpa é das Estrelas é, sim, um filme comercial, mas, acima de tudo uma produção capaz de fugir do estereótipo em que foi enquadrada. Coisa rara.

A Culpa é das Estrelas está em cartaz no cinema do Bourbon, na versão dublada ( e só!!!) nos seguintes horários: 14h 16h30  19h e 21h30.

Confira o trailer! 

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