Quando se fala de rock, se fala de um mundo de intensidade e força. O ritmo envolve, as melodias congregam e a música é capaz de unir, sob o mesmo teto, diferentes culturas que buscam apenas o som pesado de uma guitarra. Desde o final de semana passado, o Segundo abriu as páginas para o gênero e, nesta edição, encerra o especial Tempo de Rock com a programação do final de semana. Além da 1ª Semana do Rock, Passo Fundo recebe em julho o Mês do Rock. Promovida pelo Sesc, a atividade é uma forma diferente e ousada de apresentar a música na cidade.
A ideia de comemorar o Dia Mundial do Rock surgiu no Sesc ainda no ano passado, durante o planejamento de 2014. Andressa Pagnussat de Quadros, Agente de Cultura e Lazer da unidade do Sesc em Passo Fundo, comenta que o evento é uma novidade na agenda cultural do Sesc. “Objetivamos que as bandas tivessem um local para se apresentar, diferente da casa noturna, para que as pessoas apreciassem a música das bandas. Abrimos a programação do Sesc dando oportunidade ao produto local, nesse caso, a música local”, explica.
No último sábado, a banda Jimmy Dog subiu ao palco e teve a experiência de fazer rock em um teatro. Agora, é a vez da banda Roudini e Os Impostores. Para a banda, a experiência foi marcante. “A gente estava na expectativa de saber como o teatro nos receberia e tocamos do mesmo jeito que tocamos em outros lugares. Foi uma experiência que acrescentou na bagagem da banda e nós sentimos uma resposta diferente do publico. No teatro, a audiência presta muito mais atenção no show como espetáculo do que como uma simples atração, como acontece nas festas. A atenção é voltada não só pra música, mas para a performance e isso despertou esse cuidado em nós”, comenta Pablo Shubby, baixista da banda. A Jimmy Dog curtiu tanto a experiência que o lançamento do novo disco vai acontecer no Teatro, em novembro.
A Roudini já teve a experiência no palco do Teatro. A banda nasceu da ideia de juntar uns dois ou três amigos, uma guitarra e uma bateria. Com Gustavo Leal, Jefferson de Conto e Otávio Augusto Ribeiro a banda foi ganhando identidade. Em 2012, Bruno Philippsen se juntou a eles e, desde então, a banda constrói o caminho do jeito que deseja e almeja o futuro que quer. Parte desse futuro é o Eldorado, disco lançado no fim de dezembro do ano passado (no palco do Teatro do Sesc) e que é carregado de influências, mas que segue a essência dos quatro integrantes.
Junto com o disco, veio a nova fase da banda. Com “A chuva”, a Roudini escancarou o amadurecimento do trabalho. Além do single, veio o clipe e com ele o recorde de acessos. Nos primeiros dez dias, quase duas mil pessoas assistiram o novo trabalho dos caras que ficaram entre os três finalistas no concurso Rock on Top (que garantia vaga para tocar no Planeta Terra Festival) e, agora, o vídeo está entre os melhores 30 clipes gaúchos de 2013, segundo a TVCom, sucursal da RBS TV em Porto Alegre.
Olhar para a trajetória da banda é perceber que o rock está se estruturando cada vez mais na região. “Nos parece que a cena está crescendo e ganhando força. Um dos motivos para a gente achar isso são os eventos que estão sendo promovidos na cidade. Com a cena crescendo todos saem ganhando”, comenta Gustavo Leal e acrescenta: “A gente faz a nossa parte. Lança disco, clipe, faz shows no interior e divulga o trabalho nas rádios. A proposta é continuar batalhando, produzindo e divulgando nossas músicas”.
Mas eles não vão parar por aí. “Vamos lançar em breve uma série de vídeos gravados ao vivo chamado “Roudini Live Sessions” onde a banda aparece tocando algumas músicas do álbum Eldorado totalmente ao vivo em formato plugado e acústico” adianta Gustavo. A proposta é aproveitar ao máximo as músicas de Eldorado até lançar um compacto com duas faixas inéditas em vinil enquanto o segundo álbum da banda está sendo gravado. Enquanto isso, a banda se apresenta pela região e nesse sábado sobe ao palco do Teatro do Sesc para comemorar o Dia Mundial do Rock.