O futuro chegou... e nós não fazemos parte dele!

Ambientado alguns anos depois de Planeta dos Macacos - A Origem, a continuação da franquia, O Confronto, que estreia hoje, acompanha César, líder da nação cada vez mais crescente de macacos geneticamente evoluídos

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O clichê já é conhecido: franquias geralmente são vistas com desconfiança por parte do público e boa parte delas busca apenas o lucro do filme inicial e a preocupação com o roteiro é mínima. Em Planeta dos Macacos, a história é diferente. A tarefa de ressuscitar a franquia e transformá-la em uma bilheteria de sucesso foi abraçada pelo diretor Rupert Wyatt, em 2011, com o filme “Planeta dos Macacos: A Origem” que retratava o início da história de ascensão dos macacos e seu posterior domínio da Terra. Agora, em “Planeta dos Macacos: O Confronto”, a narrativa acompanha César, líder de uma nação de macacos geneticamente evoluídos que, pouco a pouco, dominam a terra. Além deles, um grupo de humanos sobreviventes da devastação de um vírus, busca espaço para viver. Embora haja um acordo pré-estabelecido de trégua, a paz não vai durar para sempre.

Quinze anos após a conquista da liberdade, César e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em laboratório, chamado vírus símio. Diante disto, um grupo de sobreviventes liderado por Dreyfus deseja atacar os macacos para usá-los como cobaias na busca por uma vacina. Só que Malcolm, que conhece bem como os macacos vivem por ter conquistado a confiança de César, deseja impedir que o confronto aconteça.

“Planeta dos Macacos – O Confronto” é capaz de gerar o sentimento de ansiedade por 2016, data prevista para a estreia da sequencia. Com o papel de suceder Wyatt, Matt Reeves assume a direção do longa e aponta, durante a narrativa, todos os motivos que levaram os macacos e os humanos a um confronto. Tudo é explorado com coerência e calma e a história parece ganhar sentido a cada nova cena. Um detalhe a ser ressaltado é que, embora trailer, cartaz e nome sugiram que o filme seja essencialmente de ação, não é. O confronto, de fato, demora a acontecer justamente porque o roteiro prioriza a compreensão da história.

História, essa, que explora a relação entre os conceitos de racionalidade e irracionalidade: ao explorar César, o longa aborda a inteligência e o caráter; ao observar Koba, que foi usado como cobaia por humanos em um laboratório, aponta a irracionalidade do ódio. Nessa abordagem mais profunda sobre cada personagem, “Planeta dos Macacos – O Confronto” se consagra como uma obra cinematográfica reflexiva ao mesmo tempo em que enche a tela a partir das cenas de confronto. O 3D, os efeitos especiais e a produção e ensaio de cada batalha garantem a realidade das cenas e respeitam a lógica da narrativa abraçada desde o início.

São duas horas de um filme que assume um tom melancólico e didático ao colocar para o expectador que o ódio e a paz são sentimentos que nascem em alguns e não em toda uma raça, independente de qual seja.

Planeta dos Macacos - O Confronto estreia hoje no cinema do Bella Città, em 3D, dublado e às 16h10 e às 18h40

Confira a programação do cinema completa aqui

 

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