Depois de dar vida ao alienígena Mork, na série Mork & Mindy, Robin Williams ganhou o mundo. Famoso por papeis em filmes como "Patch Adams - O Amor é Contagioso", "Uma Babá Quase Perfeita, "Amor Além da Vida" e "Sociedade dos Poetas Mortos", o ator foi encontrado morto na tarde desta segunda-feira, aos 63 anos. Segundo o site TMZ, Robin foi encontrado inconsciente em sua casa em Tiburon, na Califórnia e, logo depois, foi declarado morto. A polícia suspeita de que o ator tenha cometido suicídio por asfixia.
A nota oficial, divulgada pela representante do ator, Mara Buxbaum, pede privacidade:
"Robin Williams faleceu esta manhã. Ele lutava contra severa depressão, ultimamente. Esta é uma perda trágica e repentina. A família pede, respeitosamente, que sua privacidade seja preservada neste período difícil de luto".
Para o cinema, fica a saudade. Fábio Rockenbach, professor do curso de Jornalismo da UPF e especialista em cinema, destaca a competência do ator não apenas na comédia, mas, também, no drama: "Robin foi um dos grandes nomes do cinema a romper com um paradigma comum aos atores, de que o ator de comédia precisa eternamente ser ligado ás comédias. Williams destacou-se como comediante, mas como poucos atores, teve a capacidade de alternar entre o drama e o riso com a mesma competência. É um dos poucos "comediante", assim, com aspas, a ser reconhecido pela capacidade de emocionar e pela força dramática", analisa.
O professor comenta, também, sobre a ausência do ator a partir de agora: "É comum que atores famosos, ao morrerem, deixem um vácuo, porque a memória coletiva é formada por esses bons momentos. Williams foi popular em duas emoções básicas do ser humano, a alegria e a tristeza. Seus personagens falavam de amor eterno ou do riso como remédio contra todos os males. Sobre aproveitar o dia enquanto se pode ou como se apegar às pequenas coisas da vida", comenta. De Patch Adams a Andrew Martin, os personagens farão falta: "Os personagens são marcantes, mas o público marca o rosto que deu vida a eles. Esse sentimento de perda é comum porque o cinema nos torna íntimos dos personagens como nenhuma outra arte consegue tornar", conclui.
Nascido em 21 de julho de 1951, em Chicago, Robin McLaurin Williams estreou na televisão em 1977 e ficou especialmente famoso na comédia. Mais tarde, em 1998, ganhou o Oscar de ator coadjuvante pelo papel no drama "Gênio Indomável". Além do Oscar, o ator acumula dois prêmios Emmy, seis Globos de Ouro, dois prêmios do Screen Actors Guild e cinco Grammys. Os últimos trabalhos do ator foram "Uma Noite no Museu" e a sua sequência e, também, a dublagem da franquia "Happy Feet".