Ao primeiro sinal da diversidade que se aproxima junto com o Festival Internacional de Folclore, o povo passo-fundense parece redobrar sua atenção: o primeiro grupo a chegar na cidade, a Companhia de Dança Pom’Kanel, que representa a Martinica, foi recebida com sorrisos e curiosidade.
Por volta da 13h da tarde, rostos diferentes passeavam pelo centro da cidade. Logo, foram abordados. O idioma, o francês, se tornou uma dificuldade muito pequena diante do desejo de descobrir um pouco mais daqueles que viajaram quilômetros para participar da Festa da Cultura. Acompanhados de três voluntários, o grupo, composto por 28 pessoas e traz a Passo Fundo um pedaço da França: descoberta por Cristóvão Colombo em 1502, a Martinica tornou-se colônia francesa em 1632, no reinado de Luís XIII. Nunca mais voltou a mudar de mãos. Da evocação de raízes africanas ao ritual haitiano, passando pela biguine, a valsa, a mazurka, a haute-taille, a candela e o zip-zap (batida com a cana de açúcar), sem esquecer o carnaval, o grupo tem um painel de danças que é, hoje, um dos mais conhecidos no mundo.
Se da parte dos passo-fundenses o sentimento é de curiosidade, da parte do grupo a ansiedade é o que domina, pelo menos até não subirem no palco. Depois disso, a intensidade das danças e ritmos é o que irá contagiar os passo-fundenses. O grupo se apresenta, além da abertura e do encerramento, nos dias 17, 18, 20 e 21 de agosto.
Buscando o multicolorido das Américas, a tradição da Europa, a inquietude do Oriente e o aconchego de quem é do lar, o XII Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo, acontece em agosto - de 15 a 23 - e tem a promoção da Prefeitura Municipal de Passo Fundo e CIOFF através da Lei de Incentivo à Cultura e com o patrocínio de inúmeras empresas privadas além do Município. Os ingressos estão sendo vendidos desde o domingo, no Casarão da Cultura e os preçosvariam de R$ 2 a R$ 14.