Na noite de ontem, cinco mil pessoas esqueceram o frio de agosto no sul do país para encontrar no palco do XII Festival Internacional de Folclore um motivo para aquecer o coração. Incrustada na terra, a lona viaja pelo mundo e busca, em cada parte dele, um pouco de música, cultura e diversidade. Não é preciso muito para definir o Festival Internacional de Folclore e palavras também não seriam suficientes. Talvez seja melhor seguir o conselho de Paulo Dutra e usar da objetividade: o Festival começou e você está convidado para um espetáculo de emoção, intensidade e acolhimento.
Serão nove dias de intensa troca de experiências e sensações. Quem vive o Festival como expectador e aguarda dois anos para uma próxima edição, não imagina que esse tempo de espera e, na realidade, de trabalho e que entre uma apresentação e outra muito se faz. Que o diga Paulo Dutra, o coordenador de todas as atividades, semblante do Festival de Folclore e praticamente um sinônimo para o evento. Ele não para. Nem o seu telefone. Nem aqueles que o rodeiam. Paulo tem mil coisas para resolver e lida com cada uma delas seguindo o próprio conselho: objetividade.
A emoção, no entanto, se sobressai quando relembra os 22 anos do evento. “A cada ano estamos crescendo e corrigindo o que não deu muito certo antes, porém pensamos que estamos no caminho certo. É o evento mais popular e democrático, onde vemos juntos todas as camadas sociais, intelectuais, enfim... todos no mesmo espaço aprendendo, ensinando e nos tornando mais conhecedores da cultura popular”, avalia. Os 12 grupos vindos de outros países, 4 grupos de outros estados e 47 grupos do Rio Grande do Sul compõem a 12ª edição do evento e, segundo Paulo, a 12ª oportunidade de a comunidade ter contato com novas culturas. “Podem esperar espetáculo magníficos de cultura popular”, promete.
Antes desta edição, no entanto, outras onze trilharam um caminho que ainda está longe de seu fim. Das primeiras edições na Efrica até a modernização da estrutura do Festival, muito aconteceu, inclusive uma pausa inesperada que serviu de combustível para que, em 2012, o evento retornasse transformado. Da disciplinada Ásia à intensa e multicolorida América do Sul, a lona do Festival parece ser cada vez maior: entre o corredor de pedra, as cadeiras e o ponto mais alto da arquibancada cabe o mundo - ou pelo menos um bom pedaço dele. Escolha o melhor lugar e viaje!
CONFIRA AQUI A EDIÇÃO ONLINE DO CADERNO ESPECIAL DO FESTIVAL DE FOLCLORE