Por detrás do telão

Depois de vencer a primeira temporada do programa Superstar com 74% de aprovação do público, a banda Malta caiu na estrada para apresentar o trabalho autoral. Nesta quinta-feira, traz a Passo Fundo o rock romântico pela qual ficou caracterizada

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A primeira oportunidade de sucesso real surgiu junto com o programa Superstar. O funcionamento foi simples: a banda tocava, apresentava o melhor que podia fazer, sempre por detrás de um telão. Ao mesmo tempo em que voz e som invadiam a plateia, a banda torcia para que o público e os jurados gostassem daquilo que viam e votassem para que o telão subisse e garantisse a vaga na próxima fase.

Responsável por apresentar ao Brasil a qualidade de muitas bandas espalhadas pelos estados, o Superstar consagrou uma delas: a Malta, primeira que conseguiu a porcentagem capaz de fazer o telão subir, conquistou os jurados, a plateia e o expectador e chegou a final do programa com a vitória certa. Com 74% da preferência dos brasileiros, a Malta encerrou sua participação com a certeza de uma agenda lotada e uma carreira promissora.

Melodia, atitude e coração: as três palavras são capazes de definir o trabalho da banda que une o rock pesado com letras românticas. Além delas, é a voz de Bruno Boncini, vocalista, que proporciona uma visão diferente do som que a banda faz. Depois de se trancar no estúdio para a produção de um CD somente com músicas autorais, muitas delas apresentadas na passagem pelo programa, a Malta se jogou na estrada e faz sua parada em Passo Fundo, nessa quinta-feira, no Gran Palazzo.

Em conversa com o Segundo, Bruno falou sobre os projetos da banda e sobre as mudanças que o programa causou na carreira dos quatro integrantes. Se liga aí!

Segundo Caderno: Como surgiu a Malta? Como vocês se encontraram no caminho?
Bruno Bancini: Quando você tem os mesmos objetivos e frequenta os mesmos lugares, você conhece pessoas que são parecidas. Nos conhecemos eu, o Adriano e o Diego. Depois veio o Theo. Desde sempre bateu o santo da gente porque sempre quisemos fazer musicas próprias, autorais. Sempre evitamos cair no lance do cover. Primeiro porque a gente já fez isso a vida inteira e segundo porque a gente realmente queria fazer um trabalho autoral. E não é fácil se manter com trabalho autoral no começo, você mais gasta do que ganha. Tínhamos os nossos trabalhos paralelos para manter a Malta e graças a Deus tudo aconteceu muito rápido, as portas se abriram e cá estamos.

A identidade da banda já é muito bem consolidada. Como foi esse processo?
Acredito que na verdade isso já vem de outros trabalhos anteriores porque não daria tempo dentro da Malta de isso acontecer. Eu sou musico há muitos anos, sempre vivi disso. Tocar na noite e ter outros trabalhos já vai criando uma identidade. E nós começamos a criar essa identidade na estrada. Quando chegamos na Malta foi simplesmente a fusão disso. Todo mundo já tinha uma identidade e essa foi a grande parada da Malta. Todo mundo já tinha uma identidade e quando se juntou deu a liga, aconteceu a mistura e rolou a química das identidades de cada um. Talvez se tivéssemos que formar uma identidade demoraria muito mais pra gente ter o que já tem hoje.

Desde o primeiro programa, as porcentagens de vocês sempre foram muito altas e sempre estiveram entre as bandas mais votadas do programa. Isso foi uma surpresa para vocês? Como lidaram com essa preferência do público?
A gente ficou muito feliz e muito honrado de atingir o coração das pessoas muito rapidamente. Fomos com muita verdade, com o coração aberto mesmo. Ninguém foi pensando em dinheiro ou pensando em fama. A gente foi pensando em tocar as nossas músicas com todo o amor que a gente tinha. Eu acho que esse é o princípio da arte: quando você vai pensando em grana, ela foge de você. Então a gente foi pensando na arte em si, em fazer uma apresentação bonita. O que a gente queria era sair do palco, assistir a apresentação e falar: “cara, que bonito que foi!”. Era essa a nossa grande preocupação sempre. E a gente começou a ganhar o carinho do público e cada vez mais. Foi um trabalho domingo após domingo. A gente foi montando uma estrutura, a gente foi construindo o nosso castelinho até que, Graças a Deus, a gente conseguiu chegar no final bem estável e bem firme.

O que mudou para a banda depois do programa?
Tudo! A gente até então era uma banda anônima, tínhamos as nossas musicas, mas ninguém conhecia a gente ainda. Nem tínhamos começado a lançar as coisas, estava tudo em estúdio.a gente conseguiu cortar uma etapa dessa luta de conseguir divulgar o trabalho. Conseguimos cair dentro da sala do brasileiro. Da noite pro dia a gente tava dentro da intimidade do povo brasileiro, milhões emilhões de pssoas. E isso fez toda a diferença pra gente, não só conseguimos mostrar o trabalho, mas pulamos uma etapa muito grande que a gente ia ter que passar o perrengue que, diga-se de passagem, já tinha passado anteriormente com outros trabalhos.  Só que como a gente não desiste nunca, a gente foi com a Malta e “vamos passar perrengue de novo”, só que Deus deu uma mãozinha e conseguimos pular essa fase.

Quais os planos para a Malta?
No momento nossos planos são fazer bastante show, tocar e cair na estrada. É o que a gente está fazendo. Conseguimos finalizar muitosa compromissos e sonhos que a gente já tinha, como gravar o disco e preparar a turnê. Conseguimos fechar com chave de ouro o Superstar. Começou mostrando as nossas músicas contando com chegar um pouco longe para continuar mostrando e no fim a gente ganhou o programa. Uma parte bem grande a gente conseguiu realizar. Agora é show! A gente tá curtindo muito cair na estrada, agora é sem parar, até cansar.

O que o público de Passo Fundo pode esperar do show da Malta?
A gente está ansioso para ir para Passo Fundo. Há tempos a gente vê o público comentando na nossa página – “A gente quer a Malta em Passo Fundo” – e agora a gente vai chegar e vai ser muito fácil cantar para essa galera. Abrir o coração não vai ser complicado porque é um público que, além de merecer isso, já conquistou isso da gente antes mesmo da gente chegar. Então Passo Fundo pode esperar que a gente vai dar tudo da gente no palco e vai ser bonito demais

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