Com quase 16 anos de carreira, ele ajudou a fomentar a cena da música eletrônica aqui em Passo Fundo e, pouco a pouco, consolidou um estilo que a cada nova festa ganha mais adeptos. Juan Rodrigues, que é natural de Porto Alegre, se mudou para Passo Fundo ainda na adolescência, logo se envolveu com a música e fez dela uma paixão. Há quase um ano em Florianópolis, Juan vê novas portas se abrirem para o seu trabalho, mas não deixa de olhar para cá: de passagem pela cidade, Juan vai tocar na segunda edição da Flowers Sunset nesse sábado, 1, na DL Eventos, e aproveita a oportunidade para dar uma pausa na saudade dos amigos e também da galera que acompanha o seu trabalho.
Depois de experimentar tudo aquilo que Passo Fundo podia oferecer para a carreira de um DJ, Juan optou por novos voos. Durante quatro anos, aproveitou as viagens para pensar e analisar qual seria o melhor momento para a mudança e qual o rumo seguir. A decisão veio no início desse ano: Juan escolheu sair de Passo Fundo, morar Florianópolis e continuar o trabalho que iniciou por aqui. “É uma cidade onde a música eletrônica é forte. Muitos DJ’s moram lá e são meus vizinhos. Aqui, eu tinha que criar uma situação pra eles virem para que eu pudesse ter contato com eles. Lá eu convivo diariamente com eles e com produtores”, explica.
A escolha é, também, para garantir uma maior visibilidade a carreira. “Nesse primeiro ano que estou lá, muita coisa aconteceu na minha vida e mais rápido que eu imaginava. Santa Catarina é vitrine do Brasil, o público vê o que está acontecendo e eu estar lá facilita o meu contato com Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo”. Contato esse que garante a Juan novas possibilidades na noite. Há três anos, ele faz parte do casting de DJ’s da D.EDGE, um dos melhores clubes de música eletrônica do Brasil e do mundo. Dentro do projeto SuperAfter – que reúne o público que sai de outras festas e termina a noite ali - Juan consolidou audiência e a partir do próximo ano terá uma residência trimestral por lá. “Estou bem feliz. E tudo isso vai de encontro com os meus objetivos”. Sem perder o mercado gaúcho e melhorando o mercado nacional, Juan se aventura, também, na produção musical. “É uma experiência interessante. Estou em contato com a música e com a construção da música. É muito estudo. É bacana que estou me conhecendo musicalmente”.
Com tanto tempo na estrada, Juan acompanhou o crescimento da música eletrônica, a consolidação do gênero e a aproximação do público. “Tudo tem a ver com gerações. Já vi muita geração entrando e já vi muita geração saindo. Uma vez demorava mais... Agora é mais rápido. Acredito que as festas de música eletrônica, com o tempo, foram se posicionando. Hoje são eventos que são feitos com segurança e o público sabe que é num lugar legal”, comenta. O cenário acaba atraindo não apenas quem aprecia a música, mas quem vê o estilo como uma moda. “Tem gente que vai só pelo status, claro. Mas o mercado nacional está num momento em que as pessoas estão interessadas na musica”, avalia.
Há mais de um ano sem tocar em Passo Fundo, Juan acredita que a cidade traz algo especial para o seu trabalho e é esse sentimento que ele busca colocar na música e ver refletido na pista. “Eu tenho um vínculo especial com Passo Fundo, aqui foi quando tudo começou pra mim. Uma brincadeira que era um sonho e que se tornou minha profissão. Tem um lance mais emotivo pra mim”, conclui.