O berço das páginas

Há 22 anos, ela tem seu espaço: a Mostra de Gravuras é a oportunidade de o livro dar as mãos à sua origem

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Com o surgimento da escrita, a necessidade de se comunicar ficou evidente. Uma informação, originada em um lado do mundo, não poderia esperar que um mensageiro a levasse ao outro. Era preciso que surgisse um meio mais eficiente e mais rápido. Os chineses foram os pioneiros e, no século VI, criaram a técnica da xilogravura, possibilidade de reprodução de imagem através de um molde. Hoje, quem passa pela Feira do Livro, além de literatura, se encontra com a origem da literatura produzida em série.

Duas décadas de arte

Há 22 anos presente na programação do evento, a Mostra de Gravura já consolidou seu espaço e a cada nova edição faz um mergulho ainda mais profundo na arte que é o berço da literatura. Coordenada pela professora e coordenadora do curso de Artes Visuais Mariane Loch Sbeghen, a Mostra é o resultado de trabalhos dos alunos que fazem as disciplinas de Gravura I e Gravura II, oferecidas no segundo e terceiro semestre da faculdade. “A xilogravura tem uma conversa muito estreita com o livro. A gravura tem um diálogo com o livro porque é a sua origem”, explica Mariane.

Depois de explorar a doação de órgãos, no ano passado, a Mostra, esse ano, aborda o meio ambiente e propõe a reflexão sobre conceitos de preservação e sustentabilidade. Colocar, há tanto tempo, a gravura em meio aos livros é uma forma de apresentar a arte à população e, ainda, informar sobre temas atuais e importantes. “Queremos mostrar a gravura como um meio de socializar ou informar a população o quanto é importante reciclar”, opina.

Mão na massa

Além da própria exposição é oferecido, também, uma oficina alternativa à xilogravura tradicional. O processo é simples: para que se produzam vários exemplares de um desenho feito pelas crianças, é necessário começar com um. A oficina, ministrada por acadêmicos de Artes Visuais e bolsistas do Pibid, possibilita que desenhos sejam criados em uma matriz de isopor e, posteriormente, passados para o papel. A técnica usada na Feira do Livro é uma opção mais barata e mais simples para a prática da xilogravura, especialmente nas escolas. “Já é uma técnica bastante antiga e passamos isso para as crianças. Fazemos a relação do livro com a arte. Essa experiência é muito bacana. Conseguimos perceber o interessa da criança pelas artes”, explica Camila Iser, estudante do sexto semestre de Licenciatura em Artes Visuais.

Cadeiras artísticas

Não é só isso: a participação das artes visuais vai além da exposição e da oficina e passa por um processo de colagem que chamou a atenção de quem esteve pela Feira. Cadeiras antigas de sala de aula ganharam uma nova roupagem e se tornaram mais atraentes aos olhos de quem passou pela Feira. “A intenção das cadeiras é mostrar que a população pode fazer parte do curso de Artes, pode sentar nessa cadeira. Essa ideia surgiu em aula e estamos doando as cadeiras para colégios que tem o terceiro ano. O legal é que mostramos que tudo pode ter um novo olhar”, continua Mariane. Na manhã de quarta-feira, a primeira cadeira foi doada para o Colégio Anna Luísa Ferrão Teixeira.

Há 22 anos presente na programação do evento, a Mostra de Gravura já consolidou seu espaço e a cada nova edição faz um mergulho ainda mais profundo na arte que é o berço da literatura. Coordenada pela professora e coordenadora do curso de Artes Visuais Mariane Loch Sbeghen, a Mostra é o resultado de trabalhos dos alunos que fazem as disciplinas de Gravura I e Gravura II, oferecidas no segundo e terceiro semestre da faculdade. “A xilogravura tem uma conversa muito estreita com o livro. A gravura tem um diálogo com o livro porque é a sua origem”, explica Mariane.

 

Depois de explorar a doação de órgãos, no ano passado, a Mostra, esse ano, aborda o meio ambiente e propõe a reflexão sobre conceitos de preservação e sustentabilidade. Colocar, há tanto tempo, a gravura em meio aos livros é uma forma de apresentar a arte à população e, ainda, informar sobre temas atuais e importantes. “Queremos mostrar a gravura como um meio de socializar ou informar a população o quanto é importante reciclar”, opina.

Mão na massa

Além da própria exposição é oferecido, também, uma oficina alternativa à xilogravura tradicional. O processo é simples: para que se produzam vários exemplares de um desenho feito pelas crianças, é necessário começar com um. A oficina, ministrada por acadêmicos de Artes Visuais e bolsistas do Pibid, possibilita que desenhos sejam criados em uma matriz de isopor e, posteriormente, passados para o papel. A técnica usada na Feira do Livro é uma opção mais barata e mais simples para a prática da xilogravura, especialmente nas escolas. “Já é uma técnica bastante antiga e passamos isso para as crianças. Fazemos a relação do livro com a arte. Essa experiência é muito bacana. Conseguimos perceber o interessa da criança pelas artes”, explica Camila Iser, estudante do sexto semestre de Licenciatura em Artes Visuais.

Cadeiras de arte

Não é só isso: a participação das artes visuais vai além da exposição e da oficina e passa por um processo de colagem que chamou a atenção de quem esteve pela Feira. Cadeiras antigas de sala de aula ganharam uma nova roupagem e se tornaram mais atraentes aos olhos de quem passou pela Feira. “A intenção das cadeiras é mostrar que a população pode fazer parte do curso de Artes, pode sentar nessa cadeira. Essa ideia surgiu em aula e estamos doando as cadeiras para colégios que tem o terceiro ano. O legal é que mostramos que tudo pode ter um novo olhar”, continua Mariane. Na manhã de quarta-feira, a primeira cadeira foi doada para o Colégio Anna Luísa Ferrão Teixeira.

Danilo André

E, na tarde de quarta-feira, além da oficina, o público infantil se encantou com Danilo André, autor de A turma do Rio. Danilo mais parece um guri: inquieto, ele usou da música, do teatro, e de bonecos para chamar atenção de uma plateia que se apaixonou por ele.

O Guri e o Poronguinho na Feira do Livro

E a presença das diferentes linguagens artísticas na Feira do Livro vai além das artes visuais. No fim da tarde desta sexta-feira, música e poesia se encontram no palco da Feira com a apresentação do artista Xiko Garcia e sua obra O Guri e o Poronguinho. A atividade inicia com um bate-papo sobre a obra entre o autor, o editor Ivaldino Tasca e o prefacista Gilberto Cunha, todos membros da Academia Passo-Fundense de Letras. A programação segue com a apresentação de um trecho musicado da história de O Guri e o Poronguinho, que exalta um dos símbolos máximos da cultura gaúcha, a cuia de chimarrão. Além disso, Xiko apresenta uma série de obras de seu extenso repertório de poemas e canções. A atividade no palco da 28ª Feira do Livro acontece às 18 horas, e antes, a partir das 17h, Xiko autografa seu livro semi-artesanal publicado este ano pela Aldeia Sul Editora. 

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