Azul Resplendor

Comédia que comemora os 60 anos de carreira de Eva Wilma será apresentada nesse final de semana no Teatro do Sesc

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Blanca Estela - Eva Wilma - é uma grande dama do teatro afastada de seu ofício há mais de 30 anos. Inesperadamente, ela recebe a visita de seu mais devotado fã – Tito Tápia - Genézio de Barros -, um ator sem nenhuma expressão que passou a maior parte de sua vida cuidando da mãe doente e fazendo “pontas” no teatro e na televisão. De posse da herança e com uma peça de sua autoria escrita em memória da mãe falecida, Tito decide procurar Blanca Estela para confessar seu antigo amor e lhe fazer uma proposta para que ela retorne aos palcos como protagonista de sua obra. Apesar de ter sido um dos maiores nomes do teatro, Blanca Estela alimenta um amargo desprezo pelo mundo do teatro, o que motivou sua aposentadoria precoce. Por razões que só ficarão claras ao final da peça, a grande diva decide aceitar a proposta de Tito.

Azul Resplendor, que estreou em 2013, marca os 60 anos de carreira e 80 de vida da atriz Eva Wilma e reúne num mesmo palco várias gerações de atores: Genézio de Barros, Guilherme Weber, Luciana Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra. A montagem conta ainda com Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas, que dividem a direção pela primeira vez nos mais de 20 anos de parceria no teatro. No palco, uma celebração inteligente do próprio fazer teatral.

Escrito por Adrianzén em 2005, o roteiro é um retrato do ofício do ator. Sem retoques. Apesar de situada na atualidade, a peça revela os bastidores de todos os teatros em todos os tempos. O texto expõe com clareza e ironia os jogos de poder, os afetos, as ambições, as inspirações, as vaidades, as ilusões, as carências, as invenções, as manias e as frustrações dos atores quando se juntam para ensaiar uma peça. Para desvelar os bastidores dos palcos, o dramaturgo se valeu de uma galeria de personagens bem conhecidos no mundo do Teatro: a célebre atriz dramática aposentada precocemente, o eterno coadjuvante recalcado, o diretor arrogante e prepotente, a assistente de direção sem identidade e os atores jovens em busca de fama e poder a qualquer preço.

A encenação é totalmente focada no trabalho dos atores e sua interação com a luz. O texto de Eduardo Adrianzén sugere que a cena nua é sustentada apenas pela iluminação e objetos
essenciais à ação. O resultado de todas as escolhas feitas pelo elenco e pela direção podem ser conferidas nesse final de semana, no Teatro do Sesc. Azul Resplendor será apresentando em duas sessões, nos dias 8 e 9 de novembro, às 20h30.

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