Aos 42 anos de idade, vítima das complicações de um câncer na medula óssea, o músico Luciano Leindecker se despediu da vida no início da noite desta sexta-feira. Ícone e ídolo no cenário da música no Rio Grande do Sul, Luciano enfrentava a doença há oito anos e o tratamento acontecia no Hospital Dom Vicente Scherer, no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre. O velório do músico da banda Cidadão iniciou às 5h30min deste sábado em Porto Alegre.
Luciano iniciou cedo na música. Aos 16 anos, escolheu o baixo para acompanhar o irmão, Duca Leindecker. Dois anos mais tarde fundaram, juntos, a Cidadão Quem, banda que faz parte da vida dos gaúchos. Entre Dia Especial, Pinhal e O Amanhã Colorido, muito do que saiu da mente de Duca e Luciano Leindecker foi trilha do cotidiano do sul do país.
Em 2014, aos 20 anos de carreira – cinco deles parados, justamente em função da doença de Luciano– eles retornaram aos palcos para comemorar o sucesso e agradecer o público. A volta aos palcos foi intensa e carregada de emoção. Logo no primeiro show - no Planeta Atlântida deste ano -, Duca chamou Bela, filha de Luciano, para cantar junto com a banda e dividir o microfone com o pai. Depois, a cada nova cidade, uma nova história para contar.
Além da Cidadão Quem, Luciano se dedicou, também, ao projeto Mani Mani, idealizado com Paulo Inchauspe e Caio Girardi e que se propunha a tocar musicas autorais com instrumenos que garantiam uma sonoridade singular: ukulele, cajon, escaleta, quince (instrumento construído por Luciano). Luciano deixa esposa, duas filhas e uma legião de fãs que segue acreditando no poder do rock gaúcho.