O cinema brasileiro se destacou em dois importantes festivais internacionais. Dezesseis produções do país foram premiadas no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, em Portugal, e no Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano, em Havana, Cuba.
Na 18ª edição do festival português, realizado entre os dias 7 e 14 deste mês, 11 produções brasileiras receberam prêmios. Com os punhos cerrados, de Ricardo Pretti, Luiz Pretti e Pedro Diógenes, ganhou o prêmio de Melhor Filme e O jogo das decapitações, de Sérgio Bianchi, foi contemplado com o Prêmio Especial do Júri.
Para a crítica, o melhor filme exibido no evento foi o longa-metragem Ventos de agosto, de Gabriel Mascaro. Permanência, de Leonardo Lacca, foi escolhido pelo voto popular. Ainda entre os longas-metragens, a coprodução com a Alemanha Praia do Futuro, de Karim Aïnouz, ganhou os prêmios de Melhor Trilha Sonora e de Melhor Som; A vida privada dos hipopótamos, de Maíra Bühler e Matias Mariani, recebeu o Prêmio dos Cineclubes; e Paulo André foi agraciado com o prêmio de Melhor Ator por sua atuação no longa O homem das multidões, do pernambucano Marcelo Gomes e do mineiro Cao Guimarães.
Com os punhos cerrados, A vida privada dos hipopótamos, Ventos de agosto e Permanência participaram do festival com o apoio da Agência Nacional de Cinema (Ancine), por meio do Programa de Apoio à Participação em Festivais Internacionais, que concede auxílios diversos a produções oficialmente convidadas a participar de 77 mostras e festivais de cinema no exterior.
Entre os curtas-metragens, os brasileiros premiados foram La llamada, de Gustavo Vinagre, vencedor do prêmio de Melhor Curta; E, de Alexandre Wahrhaftig, Helena Ungaretti e Miguel Antunes Ramos, vencedor do Prêmio Especial do Júri; Geru, de Fábio Baldo, vencedor do Prêmio da Crítica; e Edifício Tatuapé Mahal, de Carolina Markowicz e Fernanda Salloum, escolhido pelo público do festival como o melhor entre os curtas em competição.
Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano
A 36 ª edição do Festival de Havana começou no dia 4 de dezembro e também teve seu encerramento no último domingo, com a premiação de seis produções brasileiras. O Troféu Coral, prêmio oficial do Festival, foi conquistado por Praia do Futuro, nas categorias Música Original e Melhor Som; Sem coração, de Nara Normande e Tião, na categoria Curtas e Médias-metragens de Ficção; e Obra, de Gregorio Graziosi, na categoria Contribuição Artística.
Entre os filmes de animação, Castillo y el armado, de Pedro Harres, ficou com o prêmio de melhor curta. Clara Simas e Isabella Alves receberam o prêmio de melhor cartaz de cinema por Sexta Série, de Cecília da Fonte. E o longa A estrada 47, de Vicente Ferraz, recebeu menção especial do júri.